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DO PAGO AO SERTÃO

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JULIO VENDRAMINI
Geral

Energia solar é uma alternativa de economia para casas, comércio, indústrias e no campo

Desde 2012 Dois Vizinhos vem tendo grande adesão a esses sistemas de geração que geram economia na conta de energia.

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  • 12 de Setembro de 2024
  • Foto: Assessoria

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Com o Brasil batendo recordes históricos em geração de energia solar, municípios como Dois Vizinhos se destacam no cenário nacional. Em agosto de 2023, o município contava com 1,5 mil unidades de geração em casas, comércio, indústrias e no agronegócio. A capacidade instalada era de 17,6 megawatt que alimentava cerca de 8 mil casas populares - média de 200 quilowatts/mês e uma economia mensal de mais de R$ 1,5 milhão para os usuários. “De 2012 para cá, o duovizinhense tem sido muito receptivo com a energia solar. Temos indústrias, o agronegócio muito forte, muitos projetos residenciais e comerciais, então, a tecnologia está sendo muito bem aceita e isso vai continuar porque o trabalho tem um horizonte bem favorável”, avaliou o engenheiro eletricista Cleiton Birck, da Biel Soluções Elétricas.

Ele ressaltou que muitas pessoas no município também estão aderindo as cooperativas. “Elas vieram para facilitar a intermediação entre quem gera e quem consome. Hoje você pode ver, em alguns lugares, várias usinas espalhadas, no meio do nada, sem carga de consumo conectadas a elas. Essas usinas, normalmente, são de cooperativas. Os investidores, que tem um dinheiro ocioso ou querem renda extra, geram a energia e entregam para a cooperativa que, por outro lado, vai ter quem recebe a energia. Isso é bom para quem não tem condição de investir agora, tem outras prioridades ou não tem onde fazer uma usina por tem um comércio ou residência alugado ou outras questões. É um projeto interessante, simples de fazer e em 30, 40 dias já se tem benefícios. Normalmente não existe contrato de fidelidade de muito tempo, não tem multa, é bem dinâmico porque o interesse das cooperativas é fomentar renda, geração de empregos e desenvolver a comunidade local”, completou.

Ele ressaltou que o Brasil consegue, atualmente, produzir quase toda a energia que consome de forma sustentável. “Eu sinto orgulho em falar isso porque temos 93% da nossa matriz elétrica sustentável. Se pegarmos, em nível global, muitos países tem como base a geração através de queima de carvão e gás”, comparou.

Cuidados

Cleiton listou alguns cuidados na hora de escolher uma empresa para instalar o sistema fotovoltaico. “Se você vai investir no solo tem que ficar atento ao tipo de estrutura que está sendo vendida, se ela vai comportar, pelo menos, o período de garantia/durabilidade que é de 30 anos. Se vai usar ferro bruto ou galvanizado, que tem mais duração, os perfis de alumínio, parafusos não oxidáveis, coisas que fazem a estrutura suportar situações críticas. Estamos percebendo também que está surgindo muito produto sinistrado no mercado. Muitas empresas assediam o distribuidor, os integradores, para vender produtos que passaram por alguma avaria. Por exemplo, estou trazendo um produto de Itajaí (SC) e tomba a carreta no caminho. O seguro cobre essa carga e algumas empresas vendem esse produto que foi danificado por um preço bem menor. Você ganha na compra, mas pode perder na vida útil, porque esse produto não passa por novo teste de qualidade que vai apontar os danos que as placas podem ter sofrido, porque a cédula fotovoltaica é tão sensível que se você pisar nela pode comprometer a vida útil. Ele cria microfissuras no silício imperceptíveis a olho nu, mas exposto a realidade da geração de energia pode dar problemas”, conclui.

Fonte: Portal Educadora