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Colégio Dois Vizinhos terá assembleia para discutir o Programa Parceiro da Escola

Comunidade Escolar é convidada a participar da reunião que acontece nesta quarta-feira, 16, às 19h.

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  • 15 de Outubro de 2024
  • Foto: Portal Educadora

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O Colégio Estadual de Dois Vizinhos está entre os 206 selecionados em todo o Paraná para consulta pública que vai definir se a escola será incluída ou não no Programa Parceiro da Escola. Dentro dele, empresas se tornam responsáveis pelo gerenciamento administrativo das instituições de ensino, além de gerir terceirizados responsáveis por áreas como limpeza e segurança. Com o objetivo de apresentar o programa, será realizada, na próxima quarta-feira, 16, às 19h, uma assembleia no estabelecimento de ensino duovizinhense. Todos os pais são convidados a participar. “Vamos receber representantes da Secretaria de Estado e Educação (SEED) de Curitiba para apresentar o projeto. Vamos poder tirar dúvidas e desmistificar algumas inverdades que foram faladas, como, por exemplo, que o estudante vai pagar R$ 800 para estudar. Não, continua gratuito. O estudante vai ganhar. O que vai ganhar? Uniforme. Dois shorts, duas camisetas, duas calças e um agasalho de moletom. Não vai ter mais aula vaga porque teremos pessoas que vão ficar nas escolas dando esse suporte porque o diretor nunca sabe se o professor fica doente e vai ter de faltar trabalho”, disse Dírsio Ferreira da Silva, chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Dois Vizinhos em entrevista ao Educadora News.

O Colégio Estadual Cristo Redentor, em Nova Prata do Iguaçu, também vai passar pela consulta e terá assembleia na manhã de quinta-feira, 17, às 8h30. A consulta popular deve acontecer na segunda quinzena de novembro – a adesão é aprovada com 50% mais um dos votos de alunos com mais de 18 anos ou responsáveis dos menores, professores e equipe.

Dírsio exaltou que o projeto é inovador no Brasil. “A ideia não saiu do nada. Ele veio de pesquisas, de viagens para países como a Coreia do Sul, Espanha, Inglaterra, que já contam com esse projeto muito bem desenvolvido. Como efeito, por exemplo, ele aumentou a aprendizagem e a frequência escolar. No Paraná, temos um piloto em duas escolas e a avaliação da comunidade escolar foi uma aprovação superior a 90%. Eu preciso desmistificar algumas coisas: primeiro, não é privatização. É parceria. Se você privatizar, você entrega toda a estrutura para uma empresa privada e não é isso que vai acontecer. O que vai acontecer? A direção vai se preocupar com o pedagógico, a frequência dos estudantes, atendimentos dos professores, com os pais, enquanto essa empresa, que é uma escola particular, se preocupa com a direção administrativa, o financeiro da instituição, no qual, hoje, uma das maiores reclamações dos diretores que acabam não tendo tempo para o pedagógico”, explicou.

O chefe do núcleo ressaltou que, caso a mudança seja aprovada, a parceria já começa em 2025. “São várias escolas particulares que estão concorrendo ao certame e podem assumir essas escolas no Estado todo. Elas vão receber, teoricamente, R$ 800 por aluno, mas desconta merenda, pagamento de professores do quadro próprio do Estado, colaboradores do quadro próprio, toda a parte que o Estado segue pagando, então, não sabe quanto a empresa vai receber. Não vai ser retirado nenhum professor do quadro da escola, não tira funcionários concursados. Terminando a distribuição de aulas entre eles, no entanto, extraordinárias, os funcionários concursados, a empresa passa a contratar professores. Não vai mais ter o PSS. Os dois diretores pedagógicos vão atuar junto para fazer a entrevista e contratar através da CLT. Nesse valor, a empresa tem que manter um prédio, comprar material de expediente e de limpeza, a empresa ainda precisa dar uniforme e contratar uma nutricionista que vai ficar na escola e auxiliar as merendeiras. Sobre a questão das matrículas, fica tudo normal, segue as diretrizes da SEED por georreferenciamento. Claro que se o estudante optar em ir para outra escola, pode ir para a integral, cívico-militar ou qualquer outra”, completa.

O sistema será avaliado todos os anos. “É um contrato que será celebrado entre a SEED e eles serão avaliados na evolução da frequência, aprendizagem, manutenção e conservação das instalações, segurança e a satisfação da comunidade escolar. Caso a comunidade escolar não esteja satisfeita, o contrato pode ser cortado”, conclui.

Fonte: Portal Educadora