Vereador eleito pelo PT, ele conquistou 526 votos na última eleição.
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João Marcos Martins Moreira, o Nino (PT), está eleito para o seu segundo mandato como vereador em Dois Vizinhos. Ele será o único vereador de oposição na próxima legislatura (de 2025 a 2028). De família muito ligada a política, ele contou um pouco da sua história em participação no Programa Sete e Meia da última terça-feira, 22 de outubro. “Minha trajetória vem de vários anos. Fui eleito vereador aos 22 anos e me considero experiente com 30 anos. Minha família sempre participou do PT. Meu tio, na década de 80, o Henrique Martins Moreira, já em memória, foi candidato a vereador. Depois a tia Marinês também fez uma bela campanha nos anos 2000 para vereadora e a minha prima, Fiorinda, foi candidata a deputada estadual numa trajetória muito legal. Meu falecido sogro, o Bigu (João Luiz Gabriel Favetti), foi três vezes vereador e presidente da câmara e toda essa bagagem me capacitou para o retorno à câmara. Em 2016 fiz 626 votos e me elegi um dos vereadores mais jovens do município. Em 2020 fiz 526 votos e fiquei de fora, o mesmo total de votos dessa eleição. Fiquei fora porque faltaram 30 votos, aí segui trabalhando, representando o deputado federal Zeca Dirceu (PT) e conseguimos trazer mais de R$ 5 milhões em verba pro Pró-Vida, UTFPR, poço artesiano, reforma de praça, inúmeras obras. Também fui presidente do partido na eleição do presidente Lula (PT)”, disse.
Ele avaliou o pleito. “As eleições são construções. Você pode ter alianças. No federal, por exemplo, se elege presidente, de direita ou esquerda, mas sempre tem aliança com o centro. Nosso grupo, em Dois Vizinhos, desde que perdeu a prefeitura em 2020, foi desmobilizado. O PT foi o único que seguiu organizado, fazendo reuniões, filiações, tentando promover candidatos e os partidos que estavam conosco estão em reconstrução, o que é normal. O desafio é melhorar agora, trazer outros partidos, outras lideranças, pessoas jovens para participar. A campanha para a majoritária era um desafio grande, por isso encaramos. Buscamos os votos que realmente são os votos do PT. Conseguimos 20%. Temos uma noção do nosso eleitorado e percebíamos que, para vereador, seria uma disputa acirrada, já que o adversário estava com mais de 80 candidatos e, entre eles, tinha uns 15 nomes que já foram do nosso grupo ou tem ligação familiar com o nosso grupo. Eles souberam chamar essas pessoas e trouxeram para eles. Isso acirrou muito”, avaliou.
Único na oposição...
Nino comparou a legislatura de 2017/20, quando foi vereador de situação, com a próxima. “O é grande em representar a oposição. Não vai ser fácil, mas vou fazer meu trabalho e quero deixar claro que serei oposição de agora até o fim. Cada vereador tem o mandato independente, sua personalidade, sua voz para apontar o que está errado e precisa melhorar. Respeito todos os mandatos e gostaria que cada vereador também respeitasse o meu, meus requerimentos, indicações porque cada um tem seu trabalho. Você não precisa concordar com a ideia dos outros, mas tem que ter diálogo, respeitar, não fazer teatro para gerar engajamento, trazendo a população para participar. Eu vou pegar todos os contratos, licitações, fornecedores, vou passar um pente-fino e vou fazer minhas indicações, apresentar para a população porque esse é o trabalho: fiscalizar e legislar. Eu tenho uma lista das promessas da gestão e vou cobrar todas elas. Um dos principais desafios é resgatar a credibilidade da câmara. Tivemos escândalos nos últimos anos, rachadinha, cassação do presidente e a população percebe isso e quer mudanças”, adiantou.
Ele adiantou um projeto que vai apresentar. “Um dos projetos que vou apresentar é o calendário do esporte, essa é uma bandeira. Que vai ter em janeiro, fevereiro, março para que a gente inclua nossa comunidade na prática esportiva. Através do meu mandato também quero angariar recursos. Já conversei com o Zeca Dirceu, quero ir para Brasília (DF) indo até os ministérios para buscar verbas. O que eu puder ajudar, eu vou fazer. Temos que trazer os recursos e cobrar que eles sejam bem destinados para beneficiar toda a população, independente de quem está no comando”.
Próxima eleição..
Ele destaca que a oposição já tem que começar a pensar em 2028. ”O primeiro passo estamos dando. Já reunimos o diretório e estamos fazendo planejamento, avaliando o que deu certo e o que deu errado. Um fato positivo, por exemplo, é que tivemos cinco candidatos homens e cinco mulheres no PT, mas falta trazer mais jovens, pois alguns candidatos já sinalizaram que não concorrem mais e o desafio é ir até as comunidades, as entidades, buscar lideranças, jovens, fazer formação e nos fortalecermos como grupo. Temos que conversar com outros partidos e tentar, quem sabe, trazer outros partidos para o nosso lado. A política muda muito rápido e temos que estar atentos e bem maduros. Nunca fugimos da nossa responsabilidade, sempre vamos continuar nossa luta e quem se identifica, pode vir que estamos juntos”, conclui.
Fonte: Portal Educadora