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Professor Gilberto da Silva vai se formar mestre capoeirista

Eventos acontecem nesta sexta e sábado em vários pontos de Dois Vizinhos.

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  • 21 de Novembro de 2024
  • Foto: Arquivo Pessoal

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Neste final de semana, o professor Gilberto da Silva vai receber a graduação de mestre de capoeira. Para tanto, uma série de eventos estão programados para o município que vai receber diversos mestres do Paraná e Santa Catarina. “Há algum tempo meu mestre falava sobre isso, eu resistia, achando que não estava no tempo, agora vou assumir como mestre, sempre buscamos esse aperfeiçoamento, melhorar dentro da capoeira. Esse status chega num tempo onde você deve recomeçar trabalho, rever conceitos e trabalhar bastante. São 25 anos de uma iniciação no esporte, saímos da rua, literalmente da rua, do fundo do quintal, muitas pessoas ajudaram a construir esse trabalho e hoje chegamos a um momento que findamos um ciclo e reiniciamos outro. Minha formatura vai contar com diversos mestres que vem para prestigiar o evento”, resumiu o professor.

Os eventos começam na sexta-feira, às 19h30, com uma roda de capoeira no Ginásio Teodorico Guimarães. No sábado, 23, às 8h30, serão realizadas diversas oficinas na AFS; às 10h30 será realizada uma roda de capoeira na Praça Gregório Nicaretta (Imaculada Conceição); às 15h30, na AFS, acontece a cerimônia de formatura. “A capoeira não está nos livros, é dito popular, saber popular, então você tem que ir para a roda para se tornar um mestre. Você tem que rodar para conseguir se formar e ser reconhecido na modalidade. Todos os eventos são abertos, a população pode participar. Vou me formar juntamente com o Vagner, que será contramestre, e os professores Márcio, Caju e Adilson que vão receber graduações já que estão há mais de 20 anos comigo na estrada”, completou.

História

O professor tem mais de 25 anos de história com o esporte e ministrou as aulas em diversas escolas e entidades assistenciais do município. “Eu comecei com 14 anos e, no início, depois que tive contato com meu mestre, o Sinhozinho, de Joinville (SC), da associação Caravelas Negras, eu ia para Joinville nos finais de semana para aprender, uma vez por mês. Dentro da capoeira, você tem que rodar, ir para as rodas, cursos, movimentos e começa a ser visualizado pelo seu trabalho. As entidades me dera um suporte grande, comecei a trazer mestres para Dois Vizinhos verem meu trabalho, eles vieram, começaram a observar o trabalho social aqui feito, nossa organização, isso foi se firmando e as coisas vão acontecendo, os mestres vem, participam, forma um ciclo e os mestres precisam reconhecer para eu ser aceito. Eu não posso me formar mestre dentro da cidade, preciso ser reconhecido dentro da modalidade de capoeira. A ideia é trazer outros mestres também para que os alunos tenham essa vivência e isso é importante para a formação deles”, disse.

Perdeu a conta..

Com 25 anos de trabalho com capoeira, o professor já perdeu a conta de quantos alunos já graduou. “Por muito tempo, eu vivi dando aula de capoeira. Eu sai da rua, de dentro de uma entidade, fiz minha trajetória e voltei a dar atual na entidade e agora sou diretor da Guarda Mirim. Até 16h sou diretor, depois eu sou professor de capoeira. A rotina é puxada, temos uma academia, com cerca de 44 adolescentes e adultos treinando, sem contar os projetos sociais. Em Dois Vizinhos, atualmente, são cerca de 150 atletas praticando. Eu não sei quantos alunos passaram por mim, tivemos ano com apoio grande e foram feitos quatro eventos e graduamos, em um evento, 380 crianças. Teve outro que foram cerca de 200 pessoas, outro com 460 ou seja, é uma proporção grande. Anualmente, são cerca de 80 que começam, então, em 25 anos, é uma quantidade grande de pessoas”, conclui.

Fonte: Portal Educadora