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CATIANE SOARES

Ruralista que confessou ter matado agente da PF é levado para Catanduvas.

Sob forte esquema de segurança, o ruralista Alessandro Meneghel foi transferido da cadeia pública de Cascavel, no Oeste, para o presídio de segurança máxima de Catanduvas.

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  • 16 de Abril de 2012
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Sob forte esquema de segurança, o ruralista Alessandro Meneghel foi transferido da cadeia pública de Cascavel, no Oeste, para o presídio de segurança máxima de Catanduvas.

Em depoimento prestado ao delegado Luiz Rogério Sodré, o agropecuarista confessou ter assassinado na madrugada de sábado o agente da PF (Polícia Federal) Alexandre Drummond Barbosa, 36.

O crime aconteceu após um desentendimento dentro de uma boate. Testemunhas relataram que Meneghel deixou o local e voltou pouco depois para efetuar os disparos contra o policial que estava na calçada em via pública.

Meneghel contou em depoimento que o policial teria atirado primeiro. Ele reagiu usando uma pistola 380 e depois uma espingarda calibre 12. A polícia suspeita que uma segunda pessoa estava no carro com o ruralista.

Mesmo ferido, o policial tentou se defender, sacou uma pistola 9 milímetros e atirou várias vezes contra Meneghel que foi ferido de raspão no rosto.

A polícia tem imagens de dois estabelecimentos comerciais que contradizem algumas declarações feitas por Meneghel.

Durante toda a noite de sábado e madrugada de domingo, o corpo do policial foi velado em uma capela mortuária de Cascavel. Ele será levado por uma aeronave da PF para Belo Horizonte, onde residem seus pais. Barbosa era separado e tinha um filho de oito anos.

Alessandro Meneghel ficou conhecido nacionalmente quando presidia a SRO (Sociedade Rural do Oeste) em 2007 e foi acusado de ordenar um ataque contra sem-terra que haviam tomado uma fazenda que pertencia à multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste. No confronto, morreram o líder sem-terra Valmir Mota de Oliveira, o Keno, e o segurança Fábio Ferreira.

Em 2009, Meneghel foi preso e condenado por porte ilegal de arma na cidade de Toledo. Ele ainda responde pelo crime.

No ano seguinte, ele tentou uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná pelo DEM, mas teve a candidatura cassada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) devido seus

antecedentes criminais.