O comunicador Giovani Lima deixou os microfones da Vizi FM no início de fevereiro. Ele ficou por 16 anos na emissora. Ele optou, no entanto, em se manter no ar na Rádio Educadora FM, das 9h30 às 11h50, no Manhã Interativa. Ele foi homenageado pela direção das emissoras com o troféu ‘Muito mais que uma voz’. “O Giovani Lima, pela questão de algumas nuances, está passando por algumas mudanças e a audiência da Educadora, felizmente, foi escolhida pelo nosso grande locutor e o pessoal da Vizi FM já percebeu ele não está mais no dia a dia com aquele show que ele dava no período da tarde. Por isso, fizemos essa homenagem pela dedicação, resolubilidade, agilidade, pela sensibilidade com os clientes, ouvintes, um olhar só dele que agradecemos todos os dias aqui. Agora, não é mais dupla rádio, agora ele é só Educadora”, anunciou a diretora Renata Pagnoncelli durante o Educadora News.

Giovani Lima falou sobre a sua escolha. “Eu acho que mudar é bom, a gente também precisa se enxergar, olhar para dentro, dar uma pausa em algumas coisas, uma paradinha, focar em outras e foi necessário esse momento para mim nas duas emissoras, mas estava pesado mentalmente e fisicamente e dentro de outras nuances, de projetos de vida, foi necessário mudar. Não somos meros locutores, a gente inspira pessoas, esse é o nosso papel no rádio, não é só vir aqui falar e tocar música. Então, receber esse troféu e ler ‘Muito mais do que uma voz’ é saber que movemos pessoas, sentimentos, ações, reações. Fico feliz de ter contribuído por 16 anos na Vizinhança como motivador, locutor, animador, às vezes, informativo, mas ali a pegada é mais musical e chegou a hora de escolher entre uma ou outra porque também quero descansar, cuidar da saúde, já fui fazer meu checkup geral, já estou com 47 anos, então tenho que seguir meus projetos, mas só o fato de poder visitar os clientes com tempo já está sendo bastante estranho”, disse Giovani.

Ele também lembrou sua história na emissora. “Eu pedi emprego aqui três vezes aqui, sendo uma para o Seo Valdir (Pagnoncelli – em memória) e ele fez uma pergunta que, naquele momento, eu fiquei com raiva, mas era uma pergunta que ele fazia para muita gente: quem é você? Depois de um tempo que eu fui entender que ele queria saber se eu era alguém que transformava através da voz, que movia pessoas? Na segunda vez acho que foi com o Rogério (Scalabrin) e a equipe estava completa e, na terceira vez, eu falei com o Giovani e ele me disse que, se eu fosse bom, trabalharia aqui. Fui para outra rádio, a Onda Sul FM, em Beltrão, e quando fazia seis, sete meses que estava lá, o Giovani me chamou para conversarmos e casou bem quando a minha esposa, Neli, estava grávida e a Isabel não estava ganhando peso, aí eu fui conversando com o Giovani, deixei também muito claro para o meu antigo gestor, o De Toni, o que estava acontecendo e ele disse para manter a conversa, mas que não queria que eu saísse de lá. Chegou na última semana, o Giovani me pressionou, mas eu ficava enrolando. Eu queria vir realizar meu sonho na Vizinhança, mas eu tinha medo de vender, lá eu estava bem empregado, rádio da Igreja, com potencial de crescimento. Faltando poucos dias, Deus me deu uma graça, porque eu tinha medo e perguntei para minha mãe o que eu tinha que fazer e ela me respondeu: você já dobrou o joelho? Deu a coincidência que eu fui na Rosangela (Fernandes), da Gazeta, eu queria ver uma matéria do futsal que eu era árbitro e vi uma Bíblia em cima da mesa e estava no livro de Isaias 41:10 e dizia algo como ‘volte que Eu irei te amparar no teu sofrimento; volte e Eu sou a tua fortaleza’. Aí eu voltei. Vinte dias depois nasceu a Isabel com síndrome de down e eu percebi que era Deus me colocando que eu sempre sonhei trabalhar um dia, com um propósito de ter uma filha especial, então, foram 16 anos de jornada na Vizinhança, na rádio que eu sempre quis trabalhar”, explicou.

Ele também falou sobre o momento na Educadora. “Na Educadora eu cobria férias, mas no começo, com as músicas antigas, eu não gostava.  Eu tive que fazer a escolha de dar uma pausa, prioridade, ai hoje eu optei pela Educadora que tem seus diferenciais como a participação do ouvinte que é ao vivo, ele manda áudio, liga e na Vizi é um pouco diferente. Isso me encanta, me apaixona e me fez optar por aqui. Agora, vou ter mais tempo para visitar o cliente, para estar na rua, eu gosto desse contato, bola pra frente e só ganho para todos os lados”, conclui.

Fonte: Portal Educadora