Prefeitos recuam e decidem paralisar transporte escolar por um dia no PR.

Prefeitos de municípios do interior do Paraná decidiram ontem, em Curitiba, que durante um dia vão suspender o transporte escolar de alunos da rede estadual de ensino.

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  • 19 de Abril de 2012
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Prefeitos de municípios do interior do Paraná decidiram ontem, em Curitiba, que durante um dia vão suspender o transporte escolar de alunos da rede estadual de ensino.

Os gestores também optaram por recorrer à Justiça para garantir que o governo estadual pague a exata quantia que os municípios gastam com o serviço. A data para a mobilização ainda precisa ser definida.

Prefeitos de municípios do interior do Paraná decidiram nesta quarta-feira (18), em Curitiba, que durante um dia vão suspender o transporte escolar de alunos da rede estadual de ensino. Os gestores também optaram por recorrer à Justiça para garantir que o governo estadual pague a exata quantia que os municípios gastam com o serviço. A data para a mobilização ainda precisa ser definida.

A decisão simboliza um recuo dos prefeitos, uma vez que eles chegaram a cogitar a suspensão total do transporte escolar para os alunos da rede estadual.

De acordo com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), em 2011, os municípios gastaram R$ 120 milhões e a contrapartida estadual foi de R$ 58 milhões.

A problemática prejudicou diretamente as crianças e adolescentes de Foz do Iguaçu,no oeste do estado, onde o transporte escolar foi interrompido por nove dias.

O serviço só voltou a ser realizado porque a juíza Sueli Fernandes da Silva Mohr, da Vara da Infância e Juventude da cidade, determinou que a prefeitura retomasse o transporte.

O presidente da AMP, prefeito de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, Gabriel Jorge Samaha, conhecido como Gabão, acredita que a determinação judicial em Foz do Iguaçu influenciou na decisão de ontem.

De acordo com Gabão, a maioria dos representantes das microrregiões do estado votou pela manutenção do diálogo com o governo estadual porque avaliou que o ônus político e jurídico cairia sobre os municípios.

Diante deste impasse entre os poderes públicos, o governador Beto Richa afirmou que o estado vai transferir R$ 80 milhões para os municípios neste ano.