O recente aumento dos casos de dengue em Dois Vizinhos – com 24 confirmações em uma semana – colocaram a secretaria de saúde em alerta total para conter a proliferação do mosquito aedes aegypti e, consequentemente, da doença. Os agentes de endemias, Aline Constantino e Marcos Fabiane, participaram do Programa Sete e Meia nesta segunda-feira, 31, e alertaram a população. “As projeções não são nada boas. Se confirmarmos 10 casos por dia, em 30 dias a gente vai estar com estouro de uma epidemia e tudo está levando para isso. A quantidade de casos é alarmante, temos pessoas internadas e é muito preocupante. Nesse ritmo, em breve, inclusive, o diagnóstico vai passar a ser somente pelos sintomas e não mais pelo exame e aí dá aquele estouro que a gente viu no ano passado”, disse Aline. Marcos falou sobre a situação atual da doença. “São 129 notificados, com 45 casos confirmados, sete que aguardam o resultado do exame, três pessoas hospitalizadas e, felizmente, não tivemos óbito no ano”, completou.

Vai ter fumacê?

Uma das grandes dúvidas da população foi referente ao fumacê. Aline Constantino falou sobre o assunto. “Quando a gente tem que fazer o fumacê, é um atestado de incompetência nossa. Tanto nós, profissionais, quanto o munícipe. O fumacê é um inseticida, um veneno, que não vai matar só o mosquito. Inclusive, ele mata somente o mosquito alado, que está voando, que ele consegue pegar. A eficácia do fumacê é menos de 60%, então, muitas vezes, fazer fumacê é jogar veneno no ar. Dengue é uma matemática simples, são 10 minutos de cuidado uma vez por semana, tirando tudo o que tem no lote, fazendo a limpeza, virando qualquer recipiente que tiver água. Dono de lote baldio, roça o lote. Não tem outra contagem. Temos que ver se a calha está pingando ou suada, que isso representa que temos água parada. Cada um precisa fazer seu trabalho para acabar com a doença”, disse Aline.

Os sintomas da dengue são febre alta e repentina, dor intensa na cabeça, músculos e articulações, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos, cansaço extremo e falta de apetite. Nos casos mais graves, pode ocorrer sangramentos, queda de pressão e choque circulatório e comprometimento de órgãos. Vale lembrar que a fêmea do mosquito aedes aegypti é a única que transmite a doença. Ela vive pelo período de 30 dias e, a cada três dias, pode depositar até 300 ovos para novos mosquitos.

Fonte: Portal Educadora