Na manhã desta terça-feira, 13, o Conselho Municipal do Imigrante de Dois Vizinhos deu mais um passo importante no compromisso com a inclusão e o respeito às diferenças. Em uma reunião com representantes da rede educacional municipal e estadual, o foco foi encontrar caminhos práticos e humanos para um desafio cada vez mais presente na cidade: a alfabetização de imigrantes, sobretudo no que se refere à comunicação verbal de adultos. Hoje, cerca de 1 mil imigrantes de diversas partes do mundo, como Benin, Togo, Marrocos, Índia, Venezuela, Paraguai, Argentina, República Dominicana e Tunísia vivem em Dois Vizinhos.

Muitos deles vieram em busca de trabalho, segurança e esperança. Mas, ao chegarem aqui, deparam-se com uma das barreiras mais difíceis de vencer: o idioma. “O mais urgente para os adultos é aprender a falar, mais do que a parte gramatical”, ressaltou um dos membros do conselho, ele próprio imigrante, resumindo em poucas palavras uma necessidade urgente.

Durante o encontro com a secretária de educação, Leda Ferrari, e com a representante do Núcleo Regional de Educação (NRE-DV), Andreia Lorenzi, foram apresentados programas gratuitos de alfabetização de jovens e adultos já disponíveis e que podem ser direcionados, adaptados ou fortalecidos para atender essa demanda crescente. A intenção é garantir que essas pessoas tenham, no mínimo, as ferramentas básicas para se comunicar, procurar emprego, se expressar com autonomia e se integrar plenamente à sociedade local.

Empresas do município já apontaram que a dificuldade no diálogo tem sido um obstáculo para os empregadores e os trabalhadores imigrantes. “Nosso papel, enquanto gestores públicos, é oferecer meios para que todos, brasileiros ou estrangeiros, tenham a chance de crescer e contribuir com nossa cidade. A diversidade cultural dos nossos imigrantes é uma riqueza que precisa ser acolhida e valorizada”, afirmou a secretária Leda Ferrari.

A Administração Municipal, por meio da Secretaria da Mulher, Idoso, Juventude e Imigrantes, tem trabalhado em parceria com outras secretarias e com a Agência do Trabalhador para ampliar o alcance dessas ações. A proposta é clara: garantir acolhimento, dignidade e inclusão em todos os níveis, social, econômico, educacional e cultural.

Fonte: Assessoria