Diversas lavouras na região do Vale do Iguaçu foram afetadas e, em alguns casos, perdas chegaram a 100%.
Foto: Assessoria
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Na última quarta e quinta-feira, 4 e 5 de junho, representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) de Dois Vizinhos estiveram em Londrina para uma capacitação sobre o feijão. Na ocasião, foi debatido o ataque de moscas brancas (que transmitem o vírus do mosaico dourado) em lavouras da região do Vale do Iguaçu - na safrinha/segunda safra de 2024/25 muitas lavouras foram destruídas pelo vírus. O Dr. Humberto Godoy, pesquisador do IDR-Iapar de Londrina, esteve na região no início de maio coletando plantas de feijão e falou sobre o que foi constatado em laboratório. “Encontramos grande presença de mosca branca, as plantas estavam contaminadas com o vírus do mosaico dourado, algumas lavouras apresentaram o vírus do mosaico rugoso e o nó vermelho, viroses não transmitidas pela mosca branca, mas o principal, que mais encontramos, foi a questão do mosaico dourado”, resumiu.
Como evitar?
O pesquisador deu dicas de como evitar a incidência da mosca branca. “Os produtores devem tentar fugir da sequência soja/feijão porque é uma continuidade. A mosca sai da soja e entra no feijão. Se tiver um vazio de uns 20, 30 dias, ela já dispersa. Esse vazio é essencial. Também se deve evitar feijão sobre feijão. Vale ressaltar que tratamos esse movimento como ocasional e, se tivermos um frio muito forte nesse ano, com certeza, ano que vem não vamos ter o mosaico dourado na região, mas é melhor fazer as prevenções de zoneamento, plantar tudo na mesma época, fugir da questão da colheita da soja, tentar dar um espaço para a mosca branca que migar do soja não ir em grande proporção para o feijão”, completou o pesquisador.
Fitotoxicidade
Os pesquisadores encontraram, em algumas áreas, a fitotoxicidade causada por muita aplicação de defensivos. “O pessoal se assustou e teve a aplicação sequencial porque a mosca branca vem em ondas. Em alguns casos, ela entrou na lavoura, o produtor monitorou e aplicou. No dia seguinte, já tem novamente populações migrando da soja, de outras áreas, e aí o pessoal foi aplicando com intervalos de menos de uma semana, mistura de tanques e víamos muitas plantas que, além do mosaico branco, apresentaram a fitotoxicidade pelo excesso de aplicação e mistura de produtos”, conclui.
Fonte: Portal Educadora