O Grupo do Agronegócio do Plano de Desenvolvimento Local Dois Vizinhos 2040 da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (ACEDV/CDL) vai promover, na próxima quarta-feira, 6 de agosto, às 14h, um bate-papo para falar sobre os impactos da Nota Fiscal Eletrônica e Reforma Tributária para o produtor rural. O evento tem entrada gratuita e é realizado em parceria com a prefeitura de Dois Vizinhos, a UTFPR e o Sindicato Rural. “A ideia é desenhar, mostrar passo a passo o procedimento de emissão da nota fiscal eletrônica. O que ele tem que fazer dentro do gov e ajudar o agricultor a entender melhor o sistema para que não se torne um problema futuro. E claro, os cuidados que devemos ter porque a facilidade sempre exige cautela também”, resumiu o contador Joarês Tártari em participação no Programa Sete e Meia da Educadora FM.

O diretor de agronegócio da entidade empresarial, Ricardo Gaio, destacou que o evento foi pensado para o produtor. “Sentimos a necessidade de integrar entidades para ver as reais dores do produtor. O sindicato e a prefeitura já tentaram fazer eventos sobre a nota fiscal eletrônica, mas a adesão não tem sido grande porque as vezes o produtor não dá a devida importância ou está muito corrido. Estamos em agosto, quando piscar o olho é Natal e já está valendo a nova lei e o produtor precisa se organizar. Se a gente não alertar o pessoal sobre a NFe, eles vão chegar na cerealista, no laticínio, na integradora para vender e não vão ter nota e isso vai estourar para as empresas e para a prefeitura”, disse.

O evento vai ser bastante prático. “A ideia não é se alongar muito e, realmente, colocar alguns pontos importantes. Depois, o produtor, a comunidade que se sentir realmente interessada, a gente pode fazer alguma coisa mais aprofundada. Convidamos todos os presidentes das comunidades para estarem presentes e para que eles sejam os porta-vozes, para saber o básico e falar para os vizinhos. Nosso interesse é que o produtor não seja pego de surpresa. Hoje o produtor rural é isento de ICMS, agora vai se extinguir o ICMS e vai ser criado outros impostos e o produtor não vai mais ser 100% isento, então, é importante todos saberem o que fazer de melhor porque esse não ficar atento, pode inviabilizar seu negócio”, completou.

Darci Smaniotto, presidente do Sindicato Rural de Dois Vizinhos, convidou os agricultores para participar. “O interesse é dos produtores. Essa é uma época que não temos muito trabalho no setor agrícola, estamos numa entressafra e convidamos todos para ver o que vamos apresentar. Temos um ponto de interrogação muito grande com essa nota fiscal eletrônica. Essa lei já foi prorrogada duas vezes e agora acho que não vai mais ter jeito. Até dia 5 de janeiro de 2026 todo mundo precisa se adaptar. Estamos levando no banho maria, mas temos que nos organizar. Eu sei que é difícil no interior, mas tudo se ajeita e essa é a oportunidade de estarmos no local onde tem alguém que vai indicar o que temos que fazer”, completou.

Processo é fácil

Joarês ressaltou que o processo de emissão de nota fiscal eletrônica é fácil. “Para o produtor, ao mesmo tempo que é um bicho de sete cabeças, a receita facilita muito a emissão. Já temos softwares, já é gratuito, tem todo o desenho para fazer, vários agricultores que trabalham integrados com BRF, Pluma, já estão emitindo. Com uma hora de aula, um produtor que foi me visitar no escritório já emite nota. Você codifica o sistema e fica mais fácil emitir do que é agora. Ah, mas não tem internet? O software permite a emissão e no momento que tiver internet ele já conecta e envia”, explicou.

Luiz Carlos Peretti, coordenador do Plano DV 2040, ressaltou a importância do evento. “Quando falamos em tributação é sempre uma incógnita. Esse grupo foi criado pensando em contribuir, de modo geral, com nosso produtor em diferentes setores e também na parte de gestão que é um ponto deficiente no nosso país. Existem empresas muito bem estruturadas, gestões excelentes, mas temos que trabalhar na gestão porque mudanças estão vindo. A impressão, num primeiro momento, é que é mais difícil, mas depois que aprende parece que é muito mais simples que fazer manual, é prático e rápido. Precisamos quebrar paradigmas e começar a se atualizar”, conclui.

Fonte: Portal Educadora com Assessoria