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Carlinhos Turatto pede auxílio do Estado com as plantas aquáticas no Rio Jaracatiá

Rio, na divisa entre Cruzeiro e Boa Esperança do Iguaçu, está tomado por uma planta conhecida como salvinha ou marrequinha.

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  • 11 de Agosto de 2025
  • Foto: Marcos Kuchinski/Jornal de Beltrão

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Na última sexta-feira, 8, o prefeito de Dois Vizinhos, Carlinhos Turatto (PP), que é presidente da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), publicou um vídeo nas redes sociais pedindo auxílio de entidades estaduais para resolver o problema da proliferação desenfreada de plantas aquáticas no Rio Jaracatiá e no Lago Caxias – divisa entre Boa Esperança do Iguaçu e Nova Prata do Iguaçu. Desde o começo do ano, a lâmina d’água está tomada por uma planta específica, conhecida como salvinha ou marrequinha, o que compromete a biodiversidade. “Estamos passando na ponte do Rio Jaracatiá e, lamentavelmente, se não tomarmos uma atitude urgente, estaremos matando todas as esperanças de biodiversidade, peixes e animais aqui nesse rio. Infelizmente, a marrequinha tomou conta e preciso do apoio de todos para salvar o Rio Jaracatiá, que foi inundado por essa praga. Contamos urgentemente com decisões para amenizar e resolver esse problema de uma vez por todas”, disse Carlinhos.

Relembre
O assunto vem sendo debatido com maior intensidade desde março de 2025, quando a proliferação já era desenfreada e atingia 250 hectares da lâmina d’água. Naquele mês, se reuniram na UTFPR profissionais da instituição de ensino, Instituto Água e Terra (IAT) de Francisco Beltrão e Curitiba, da empresa responsável pela gestão da barragem e Copel. “Está posto um problema com uma planta específica, conhecida como salvinha, e ela atualmente deve estar ocupando uns 240, 250 hectares de lâmina de água. Essa planta se desenvolveu de forma desordenada, tendo em vista que aumentou muito o teor de nutrientes e também pelo aquecimento da água, já que não tivemos inverno rigoroso nos últimos anos, e isso permitiu que essa planta aquática se desenvolvesse em grande quantidade. Para ter uma ideia, ela tem capacidade de duplicar a população dela numa faixa de oito dias, então, é bastante agressiva”, disse o professor Dr. Carlos Alberto Casali, da UTFPR-DV.

Em julho, uma reunião em Curitiba também debateu o assunto. O professor destacou alguns problemas que estão sendo encontrados em virtude da proliferação da planta. “Ela prejudica o uso recreativo da água, a criação de peixes e a fauna aquática, tendo em vista que ela evita a entrada de luz no corpo d’água e isso faz com que prejudique o desenvolvimento de algas, microplânctons que servem de base na cadeia alimentar. Além disso, quando essas plantas morrem, todo esse material orgânico entra em decomposição e isso pode levar ao processo que chamamos de eutrofização, que acaba consumindo o oxigênio da água e prejudicando a sobrevivência dos peixes. Nesse sentido, temos essa reunião, vamos conversar com as prefeituras de Boa Esperança e Nova Prata do Iguaçu, tendo em vista que o Rio Jaracatiá, que está na divisa dos dois municípios, é onde percebemos a maior proliferação dessas plantas. Debatemos alternativas para minimizar o impacto e prevenir”, completou.

Ele destacou que são diversos profissionais da instituição de ensino focados em buscar a solução do problema. “Temos, na instituição de ensino, servidores que atuam na área de qualidade da água, no manejo e conservação do solo, na parte de tratamento de efluentes, ou seja, essa reunião busca tentar identificar as fontes que podem estar levando a maior quantidade de nutrientes para a água e aí manejar adequadamente essas fontes de nutrientes para minimizar os efeitos. Também queremos trabalhar em nível de água, saber como retirar as plantas, o que fazer com elas para prevenir a proliferação. O trabalho é árduo, não será resolvido de forma fácil, mas eu acredito que a reunião é um primeiro passo firme e sólido para resolver esse desafio econômico e ambiental posto na nossa região”, concluiu.

Fonte: Portal Educadora