Geral

Em 2025, quase 300 famílias foram emancipadas do Bolsa Família em Dois Vizinhos

Expectativa é que, até o final do ano, sejam 500 famílias emancipadas.

Image
  • 20 de Agosto de 2025
  • Foto: Portal Educadora

  • 400

Durante o ano de 2025, quase 300 famílias duovizinheses foram emancipadas do Programa Bolsa Família. A informação foi repassada pela secretária de assistência social, Cátia Bonin, e a diretora de assistência social, Rosilei de Godois, durante o Educadora News desta quarta-feira, 20 de agosto. “Lá no final de 2024, quando a gente sentou com o prefeito e ele manteve alguns secretários, o pedido dele foi para trabalharmos a emancipação das famílias. Prontamente atendemos esse pedido, nos reunimos com os coordenadores de CRAS e CREAS, chamamos uma consultoria para fazer um estudo de Dois Vizinhos referente as famílias, o território e tudo mais e, de janeiro para cá, trabalhamos esse assunto. Para nossa surpresa boa, conseguimos emancipar de 250 a 300 famílias que não vivem mais do Bolsa Família somente em 2025. Num primeiro momento, o prefeito pediu de 15 a 20%, mas já estamos em quase 30% e para nós mostra o empenho da administração, dos nossos técnicos, porque eu sozinha não faço nada. Foi dessa forma que conseguimos colocar essas pessoas no mercado de trabalho. Estamos no caminho certo acredito que até o final do ano a gente chegue a 500 famílias”, celebrou a secretária.

Rose falou sobre como foi feita a abordagem. “Isso foi feito de forma técnica, cautelosa, avaliamos cadastro por cadastro, família por família, muitas delas fomos até a casa, visitamos, compreendemos a realidade, porque o Cadastro Único que oferta o benefício do Bolsa Família é auto declaratório. Então, quando chega na Assistência Social, ela diz o que quer dizer e é nosso trabalho acompanhar. Através disso, filtramos as famílias e verificamos o potencial de cada uma delas. Não foi um desligamento desorganizado, tem acompanhamento, encaminhamento, produzimos currículos para entregar nas empresas e capacitamos também, não no sentido técnico, mas motivando e dizendo para a família que ela tem condições de receber um, dois, três salários que as empresas estão disponíveis a pagar e estão precisando de mão de obra. Ela não precisa viver dos R$ 600, pode ter uma carreira profissional para sustentar sua família. Hoje temos estrutura política muito favorável em Dois Vizinhos, temos vagas em creche, saúde de qualidade e precisamos motivar as famílias que talvez vinham nesse cenário de não visualizar as oportunidades e encaminhar. Dessas 250 famílias que fizemos o desligamento, teve duas ou três que ficaram descontentes, mas 248 foram e entenderam que era importante. Muitas delas, no final do processo, nos disseram que não precisavam mais do auxílio, que tinha condições de ir sozinha”, celebrou a diretora.

A secretária destacou que está trabalhando a questão de educação financeira com as famílias. “Dentro da secretaria, atendemos a pessoa individualmente e em grupo. O Alex Bacchi, que foi diretor da Guarda Mirim e estava no CIEE, hoje trabalha nos grupos a questão da educação financeira que é fundamental para essas famílias que saem do programa federal. Elas são acompanhadas, conseguimos mostrar que ela ganha X e não pode gastar tudo. Ele tem conhecimento, desenvoltura e conseguimos entregar a educação financeira”, celebrou. Rose, por sua vez, destacou que o Bolsa Família é um benefício eventual. “Ele é para um momento de necessidade da família. Não é um emprego, não é para a vida toda. Não posso pensar que isso vá durar para sempre. As famílias tiveram choque de saber, no desligamento, que elas têm outra oportunidade e se passar por uma situação de desemprego, doença, pode retornar, fazer o cadastro e voltar a ser beneficiária”, conclui.

Fonte: Portal Educadora