No dia 3 de maio, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo elevará o preço da gasolina e do diesel quando o barril do Brent atingir US$ 130.
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Analistas de bancos que acompanham a Petrobras acreditam na possibilidade de um reajuste de pelo menos 10 por cento nos preços da gasolina e do diesel nos próximos meses.
O ambiente é favorável para reajuste neste segundo trimestre porque a inflação já dá sinais de arrefecimento e há uma sazonalidade de queda nos preços dos alimentos de maio a julho, argumentam os especialistas.
E depois disso a proximidade do calendário eleitoral, com eleições em outubro, poderá complicar politicamente o aumento dos combustíveis, na visão do mercado.
Além disso, a Petrobras vem sentindo no caixa o impacto do alto volume de importações de combustíveis. No primeiro trimestre do ano, a estatal deverá mostrar um Ebitda (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) negativo em R$ 7,8 bilhões na área de refino, segundo projeção do Deutsche Bank.
A Petrobras divulga o balanço dos primeiros três meses na próxima sexta-feira (11). Segundo o Deutsch Bank, há a possibilidade de um aumento de 10% nos preços dos combustíveis até o terceiro trimestre de 2012.
Segundo o Banco Votorantim, a defasagem dos preços praticados no mercado interno da gasolina e do diesel em relação aos preços internacionais se encontra em 40%e 50%, respectivamente.
Em relatório, o Votorantim afirma que se a Petrobras alinhasse por completo a defasagem e reajustasse em 40% os preços da gasolina, isso provocaria um impacto de 0,83 ponto percentual no IPCA, índice oficial da inflação brasileira.
Mas, segundo o banco, esse cenário é muito pouco provável. A hipótese mais provável para o Votorantim seria de um "reajuste da ordem de 20%, que é o valor da defasagem média, com alguma redução da Cide (tributo que incide sobre combustível), para que o impacto não fique somente nas mãos do consumidor final".
Uma correção de 20% nos combustíveis elevaria a projeção do IPCA deste ano, que atualmente está em 5,1%, para 5,5%.
No dia 3 de maio, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo elevará o preço da gasolina e do diesel quando o barril do Brent atingir US$ 130.