Último santista a marcar contra o Vélez, Robert avisa: 'Pressão é forte'

Robert avisa os atuais jogadores do Santos: vão sofrer a maior pressão em partidas fora de casa, superior a todas da Libertadores de 2011.

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  • 16 de Maio de 2012
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"A sensação é de um campo menor do que a Vila Belmiro. A torcida fica muito em cima". Assim o ex-meia Robert, um dos ídolos da torcida do Santos nos anos 90, define o Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarsfield-ARG, palco da primeira partida das quartas de final da Taça Libertadores. Hoje empresário, o antigo "maestro" do Peixe fala com propriedade sobre o adversário: ele foi o último jogador do Alvinegro a balançar as redes dos argentinos.

E foi justamente no palco da partida desta quinta-feira, às 22h. No ano de 1996, o meia fez o gol santista que selou o empate, mas não evitou a eliminação da equipe na Supercopa da Libertadores - no jogo de ida, o time havia perdido em casa por 2 a 1. No total, em três duelos contra o Velez na história, o Santos nunca venceu - foram dois empates e uma derrota.

Agora só no papel de torcedor, Robert avisa os atuais jogadores do Santos: vão sofrer a maior pressão em partidas fora de casa, superior a todas da Libertadores de 2011. Foram colocados à venda 49 mil ingressos (capacidade total do estádio) .

- A torcida canta o tempo inteiro. O campo era um tapete. Bem curtinho e com pressão total. Com certeza será a maior pressão já enfrentada por esse grupo fora de casa na Libertadores. Tirando um eventual confronto com o Boca Juniors, esse jogo é o mais complicado neste sentido. Mas esse Santos também já se acostumou a atuar desta maneira - alerta o ex-meia.

Robert lembra com carinho do gol diante do Vélez, principalmente por ter sido em cima do folclórico goleiro paraguaio Chilavert, à época camisa 1 do time argentino e o destaque do momento no futebol por também ser artilheiro - Rogério Ceni, do São Paulo, ainda era só uma promessa.

- Foi muito bom, emocionante. Ele era o goleiro da moda de todo o mundo. Fazia muitos gols de falta e era "falastrão" demais. Agitava muito. Aquele time, aliás, era muito melhor do que esse de hoje do Vélez. Por isso, o ideal para o Santos é segurar a bola na frente, como o Muricy já pede. Eles têm condições de fazer um bom resultado na Argentina - afirma.

Assim como Neymar, Robert lembra que gostava de atuar em partidas com muita pressão e torcida contra. Principal esperança do Peixe no jogo de ida das quartas de final, o camisa 11 admite que não sabia do feito do ex-meia, e alerta que também haverá incentivo dos santistas no jogo de volta.

- Atuar contra argentinos não tem diferença (pelo Santos, será a estreia do craque no país dos "hermanos"). Vamos encarar da melhor forma possível, assim como contra peruanos e bolivianos. Não sabia disso (gol do Robert). A torcida deles vai ficar em cima da gente lá, mas na volta a nossa também ficará em cima deles. Tem os dois lados: bom e ruim - recorda o atacante.

Ao que tudo indica, o Santos terá nova prova de fogo em seu centenário. Se quiser chegar ao inédito tetra da Libertadores para times brasileiros, terá de passar pelo "inferno" argentino.