Francisco BeltrãoO município de Francisco Beltrão voltou a sofrer com os alagamentos. A chuva que caiu torrencialmente na madrugada de sexta-feira deixou dezenas de famílias desalojadas. Dados da estação do Simepar, registrados da 0 hora do dia 18, quinta-feira, até as 11 horas de sexta-feira, mostram que choveu 155 milímetros. A média normal para o mês, registrada nos últimos 30 anos, é de 110 milímetros. Neste ano, o mês de agosto teve a precipitação de 260 milímetros.O comandante do Corpo de Bombeiros de Francisco Beltrão, major Norton Kapp, disse que as ligações começaram por volta das 4 horas da madrugada. A enxurrada invadiu algumas moradias e fez os afluentes do Rio Marrecas — Lonqueador, Urutago e Progresso — transbordarem. Os bairros Luther King, Presidente Kennedy, Vila Nova, Industrial, Miniguaçu, Marrecas, Pinheirinho e São Miguel foram os mais atingidos.Ainda pela manhã o Rio Marrecas começou a subir rapidamente. Segundo o major Kapp, até o meio-dia foram atingidas, pelos alagamentos, 50 famílias. Quatro equipes dos bombeiros e prefeitura trabalharam durante todo o dia atendendo aos pedidos de ajuda. Foram disponibilizados abrigos públicos nos bairros Industrial e São Miguel.  Ele afirmou que muitas pessoas estavam ligando para o Corpo de Bombeiros para resgatar bens materiais, no entanto, a prioridade da corporação, que estava trabalhando em parceria com o 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, prefeitura e Defesa Civil, era retirar os cidadãos dos locais de risco.  Santo Antonio do sudoesteAs chuvas registradas nos últimos dias deixaram cerca de 250 famílias desabrigadas em Santo Antônio do Sudoeste, segundo levantamento prévio da Secretaria de Assistência Social. Equipes compostas por funcionários da prefeitura trabalharam desde as 4 horas da madrugada, momento em que a água invadiu as casas que ficam às margens de um rio que corta a cidade. De acordo com a secretária de Assistência Social, Ana Paula Tomazoni, as famílias prejudicadas pela forte chuva foram acolhidas nos centros comunitários. Ao menos cinco bairros por onde passa o rio foram atingidos: Vila Nova, Nova Esperança, Vila Aurora, Entre Rios e Centro. "A prefeitura está tentando receber recursos para auxiliar uma situação como esta, de emergência. Estamos fazendo o levantamento do que a população precisa, pois em alguns casos muitas das pessoas perderam colchões, roupas e alimentos", lamenta Ana.  CascavelFuncionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel), em Cascavel, começaram a reconstruir na manhã de sábado, as sete torres de transmissão de energia que caíram após a forte chuva que atingiu a região na quinta-feira.As torres têm uma altura equivalente a um prédio de oito andares. O trabalho deve durar cerca de duas semanas.Com a queda das torres, mais de cem propriedades rurais ficaram sem energia elétrica entre às 22h de quinta-feira e o fim da manhã de sexta-feira. Até a conclusão do conserto, a Copel está usando linhas alternativas para fornecer energia aos moradores. Cataratas do IguaçuA vazão das Cataratas do Iguaçu está oito vezes acima do normal. Segundo a diretoria do parque, são 12 milhões de litros de água por segundo, quando o normal é de 1 milhão e 500 mil litros por segundo.Por medida de segurança, a passarela de acesso ao mirante da Garganta do Diabo foi interditada.De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, as chuvas que atingiram as regiões sudoeste e oeste do estado contribuíram com o aumento da vazão, em virtude das cheias dos rios que deságuam no Iguaçu. Da manhã da sexta-feira até a manhã de sábado, choveu 80 mm na região Sudoeste, sendo que a média esperada para todo o mês de agosto é de 100 mm.