Que o Santos é um time eficiente no ataque, ninguém duvida. Em 33 partidas na temporada, a equipe fez gols em 31 delas, de forma consecutiva. No entanto, o Peixe chega para o confronto decisivo das quartas de final da Libertadores contra o Vélez Sarsfield-ARG, nesta quinta-feira, às 20 horas, na Vila Belmiro, tendo de sair de uma leve "seca" de bolas na rede que já dura dois jogos: a derrota para o próprio Vélez por 1 a 0, na Argentina, e o empate sem gols com o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro - ainda que o Alvinegro Praiano tenha usado nessa partida um time reserva.

A "seca" chama atenção por não ocorrer desde agosto do ano passado. Mas a julgar pelo histórico recente do Santos, parece não assustar. Afinal, lá se vão quase quatro anos desde a última vez que o Peixe ficou três jogos sem marcar gols. A "marca" foi registrada entre 22 de junho e 5 de julho de 2008, quando o Alvinegro Praiano passou em branco contra Goiás (0x4), Portuguesa (0x0) e Atlético-PR (0x1), no Brasileirão daquele ano. De lá para cá, a equipe santista limitou-se a passar no máximo duas partidas em branco - algo que ocorreu apenas cinco vezes ao longo desse período, já contando com a atual sequência.

Curiosamente, no ano passado, foi justamente em um jogo da Libertadores que o Santos deu fim a uma dessas séries negativas. Após empatar sem gols com América-MEX (e se classificar às quartas de final do torneio) e Corinthians (primeiro jogo da final do Campeonato Paulista), o Peixe superou o Once Caldas-COL por 1 a 0 em Manizales, com gol de Alan Patrick, e deu grande passo para assegurar classificação às semifinais do torneio continental - que viria a conquistar um mês depois, em decisão contra o Peñarol-URU. Lembrança que certamente motiva os santistas mais supersticiosos.