Dentre os 26 estados brasileiros, o Paraná é o terceiro que mais teve prefeitos cassados ou afastados desde 2008, ano da última eleição municipal.
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Dentre os 26 estados brasileiros, o Paraná é o terceiro que mais teve prefeitos cassados ou afastados desde 2008, ano da última eleição municipal. De acordo com um estudo divulgado em março pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), 14 prefeitos foram cassados no estado pela Justiça ou pelas câmaras municipais durante o período. De lá para cá, mais seis casos de cassação ou afastamento foram registrados no Paraná, chegando a um total de 20 prefeitos desde o último pleito. O estado tem 399 municípios – ou seja, 5% das cidades paranaenses perderam o prefeito eleito.
Entre os prefeitos que deixaram suas cadeiras por decisão judicial, há casos de improbidade administrativa, infrações contra a Lei Eleitoral e infrações administrativas.
O maior município paranaense que teve um prefeito cassado foi Londrina, no Norte do estado. Menos de um mês após a eleição de Antonio Belinati (PP) para a prefeitura, em outubro de 2008, ele teve sua candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – antes mesmo de tomar posse. O TSE entendeu que Belinati não poderia ter concorrido, pois havia tido sua prestação de contas, referente ao ano de 1999, quando era prefeito, rejeitada pelo Tribunal de Contas – o que, pela lei, o torna inelegível. Os eleitores da cidade tiveram que ir às urnas novamente e escolheram Barbosa Neto (PDT) como prefeito.
A região do Norte do Paraná é a que mais teve prefeitos cassados ou afastados, com metade dos casos registrados. Em alguns municípios, porém, os prefeitos conseguiram ser reconduzidos aos cargos por decisões judiciais. Em dez cidades foram realizadas eleições suplementares para eleger um novo prefeito.