A prefeitura de São João está sendo investigada pelo Ministério Público de Chopinzinho por desvio de dinheiro. Segundo informações apuradas com o advogado da prefeitura, Paulo Roberto Morais, um servidor público era responsável por montar um esquema de desvio de dinheiro, beneficiando pessoas que não tinha relações trabalhistas com o município.

Para Morais, a investigação começou após uma agência bancária de Chopinzinho ter solicitado da prefeitura o endereço de servidores inadimplentes com a agência. "Foi solicitado algumas informações de endereço de servidores que estavam inadimplentes com os empréstimos consignados. Com essa relação foi verificado que existiam empréstimos para pessoas que não eram servidoras".

A denúncia sobre a fraude foi feita pelo próprio prefeito do município, Clóvis Mateus Cucolotto, que levou a denúncia para o Ministério Público Estadual de Chopinzinho, e ao Ministério Público Federal de Pato Branco.

Segundo fala o advogado da prefeitura, a fraude começou a ser investigada entre os dias 20 a 24 de maio. De pronto foi apurado que essas pessoas apareciam junto com contracheques fabricados, com declaração de imagem consignável também.

A partir do momento que a denúncia sobre funcionários fantasmas se tornou pública, os vereadores de São João decidiram criar no dia 28 de maio uma CPI para investigar o caso.

Para o vereador Nelson Canan (PMDB), a CPI foi criada para cobrar respostas coerentes da prefeitura sobre a situação, "na segunda-feira a noite foi formada uma Comissão de Inquérito para justamente investigar os desvios que houve por parte de um funcionário, onde estão envolvidos 24 nomes de funcionários fantasmas".

Na sexta-feira (01) a comissão de vereadores se reuniu no período da tarde para formular documentos, onde solicita que o prefeito Clóvis Cucolotto disponibilize mais informações sobre o caso.

O inquérito segue em segredo de justiça, segundo comentou a Promotora de justiça de Chopinzinho, Ivana Ostapiv Rigailo. Ela destaca que a prefeitura está sendo investigada por improbidade administrativa e criminal.