A ideia, costurada neste fim de semana, é uma resposta ao impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo ocorrido na sexta-feira.
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O Brasil e as demais nações da América do Sul decidiram suspender o Paraguai do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) até as eleições presidenciais previstas para abril do ano que vem.
A ideia, costurada neste fim de semana, é uma resposta ao impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo ocorrido na sexta-feira. Os vizinhos querem desencorajar processos semelhantes em outros parceiros da região.
O encontro que decidirá o destino imediato do Paraguai está marcado para a próxima sexta, durante reunião do Mercosul, na Argentina. O Paraguai deve ficar de fora, embora seu novo chanceler já tenha dito que quer ir e explicar a crise em seu país.
Não se sabe quais efeitos do isolamento paraguaio do Mercosul e da Unasul, mas espera-se que a suspensão pressione o atual governo.
Após a reunião ontem à noite no Palácio da Alvorada, o Itamaraty divulgou uma nota condenando o "rito sumário" que culminou com o impeachment e convocou, para consultas, o embaixador do Brasil em Assunção, Eduardo dos Santos.
Na diplomacia, quando isso ocorre, é sinal de reprovação. Não foi usada a palavra "golpe" no comunicado do Ministério de Relações Exteriores porque o processo ocorreu dentro da lei.
Santos pode permanecer em Brasília até o fim da gestão Franco.
O Palácio do Planalto determinou que o Brasil só adote decisões coletivas e no âmbito de organismos multilaterais.
O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, deposto do cargo em um processo de impeachment feito em 48 horas, pretende continuar na política e deve ser candidato ao Senado nas próximas eleições gerais do país, em abril de 2013.