Com a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, em Barueri, o Verdão começa com vantagem. Mas o Coxa, promete uma luta intensa para garantir a taça.
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Couto Pereira, hoje, 21h50m. Falta pouco para o país conhecer seu novo campeão, uma equipe alviverde que superou adversários difíceis, sérios problemas na última década e que agora encontra a redenção. Tanto Coritiba quanto Palmeiras jogam hoje à noite pela redenção de uma década no ato final da edição 2012 da Copa do Brasil. Com a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, em Barueri, o Verdão, de Luiz Felipe Scolari, começa com vantagem. Mas o Coxa, de Marcelo Oliveira e o seu Green Hell, agora eletrônico, prometem uma luta intensa para garantir a taça.
Nunca foi fácil. Na última década, menos ainda. O palmeirense se acostumou a sofrer com derrotas doídas e eliminações vexatórias, mas voltou a sorrir com um time que, se não é um primor de técnica, faz de tudo para se entregar dentro de campo. Desde o fatídico 2002, quando caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Verdão só conquistou um título de elite: o Paulista de 2008. Agora, voltou a ser temido. A taça significa a soberania nacional: serão dez conquistas (oito Brasileiros reconhecidos pela CBF, mais duas Copas do Brasil), contra nove do Santos. Significa também a redenção de Felipão, que venceu uma série de problemas para chegar à decisão.
Nunca foi fácil. Na última década, menos ainda. O coxa-branca chorou com dois rebaixamentos, eliminações em competições nacionais e a ascensão do rival Atlético-PR (que voltou a cair e agora disputa a segunda divisão). Desde o fatídico 2002, quando foi eliminado do Campeonato Brasileiro ao perder para um rebaixado Gama (e permitir a classificação do Santos, futuro campeão), foram três anos na Série B (2006, 2007 e 2010) e seis títulos estaduais, insuficientes para um clube que tem sede de conquistas nacionais, chance perdida no ano passado justamente na final da Copa do Brasil, também em casa, para o Vasco, mesmo com a vitória por 3 a 2 - perdeu o jogo de ida, no Rio, por 1 a 0. O título significa uma vaga na Taça Libertadores depois de nove anos fora, além da consolidação do trabalho de Marcelo Oliveira, técnico que ganhou o torcedor do Coritiba em um ano e meio de trabalho.
Um 2 a 0 para o Coritiba leva a decisão para os pênaltis. Se o Palmeiras fizer um gol, o Coxa terá de marcar quatro, por causa do critério do gol fora de casa. Assim como no primeiro jogo da decisão, haverá desfalques. De um lado, o zagueiro-artilheiro Emerson está suspenso. Do outro, Valdivia foi expulso e também fica fora. Sem contar Barcos, que se recupera da cirurgia de retirada do apêndice e não tem condição de jogo novamente.
O Couto Pereira terá uma tecnologia inovadora para incentivar o Coxa: um Green Hell eletrônico, já que os sinalizadores e fumaças estão proibidos no estádio. Assim, os artefatos serão substituídos por lâmpadas de LED e gelo seco para proporcionar o mesmo efeito para os cerca de 35 mil torcedores. Destes, 4 mil, segundo o Coxa, ou 5.500, de acordo com o Palmeiras, serão visitantes. O Verdão também leva com a delegação todos os jogadores lesionados e não relacionados.
A arbitragem será de Sandro Meira Ricci (PE), auxiliado por Carlos Berkenbrock (SC) e Alessandro da Rocha Matos (BA).