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Desde segunda-feira, técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS) estão no Rio Grande do Sul para investigar os 29 casos de mortes por gripe A (H1N1) registrados apenas neste ano no estado.
De acordo com dados do MS, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado com mais casos de óbitos em decorrência da doença até o dia 10 de julho. Apesar de a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) ter confirmado que até o dia 16 de julho 23 pessoas já haviam morrido em função do H1N1, não há previsão de que os técnicos realizem uma inspeção no estado.
No mês passado, a mesma análise do governo federal foi feita em Santa Catarina, que até dia 10 de julho registrava 52 óbitos causados por gripe A. Após a visita, os técnicos chegaram a três conclusões.
A primeira é que as vítimas apresentavam outras doenças, como cardiopatias, pneumopatias, obesidade ou diabete. A segunda é que a maioria dos pacientes tinha de 40 a 59 anos e a terceira, que metade dos mortos começou a tomar o medicamento antiviral Tamiflu (Oseltamivir), utilizado no tratamento da gripe A, mais de cinco dias após o início dos sintomas.
No Paraná, desde janeiro, 760 pessoas contraíram o vírus H1N1, segundo a Sesa. Os dados do MS, entretanto, mostram que foram 224 casos. A diferença se dá pelos períodos analisados e porque a secretaria contabiliza todos os casos que foram diagnosticados em exames laboratoriais, enquanto o ministério registra apenas aqueles mais graves, em que há internação.
Para o supervisor de vigilância em saúde da Sesa, Sezifredo Paz, o fato de o estado não ser vistoriado diretamente pelo governo federal não prejudica o trabalho de controle realizado na área da saúde. “O que os técnicos estão fazendo no Rio Grande do Sul nós já realizamos aqui há muito tempo, que é investigar os casos e os óbitos causados pela doença”, ressalta.