O Mapa da Violência, divulgado pelo Instituto Sangari nesta quarta-feira (18), mostra que na última década o Paraná foi o estado com a maior taxa de mortes entre jovens de um a 19 anos no trânsito. São 15 óbitos a cada grupo de 100 mil crianças e adolescentes. Isso significa que o índice aumentou 21% de 2000 para 2010. Estados de grande porte como Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram menos mortes do que o Paraná no mesmo período.

Ivan Pegoraro, de 57 anos, é paulistano e veio trabalhar em Curitiba. Ele perdeu a filha Amanda, em um acidente em 2000. O carro onde a jovem estava bateu em uma árvore e ela faleceu, após nove dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Amanda estava com outros três jovens no carro e todos tinham bebido, inclusive, o rapaz que dirigia.

A família doou os órgãos da adolescente que beneficiaram seis pessoas. Desde então, Pegoraro se tornou voluntário e trabalha para conscientizar os jovens sobre os riscos no trânsito.

Ele ministra palestras sobre trânsito, direção e bebida em empresas e escolas. Na avaliação dele, é preciso melhorar a formação de novos motoristas.

“Você atropela, você mata, você deixa pessoas inválidas. Isso é sem intenção de matar, sem responsabilidade. Agora, você bebe, pega um revólver e sai por aí atirando e matando, aí você é preso. A lei é outra. Só que o luto é o mesmo para aquela família. Então, por que diferir?", questionou Ivan.