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JOAO PEDRO SEGATO

Paraná recupera perdas da seca e deve colher trinta e um milhões e meio de toneladas de grãos.

Esse valor corresponde a ligeira queda de 0,75% em relação à safra do ano anterior.

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  • 31 de Julho de 2012
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O Paraná recuperou perdas de produção provocadas pela severa estiagem entre o fim do ano passado e início deste ano e se prepara para colher, na safra 2011/2012, de trinta e um milhões e meio e trinta e um milhão e oitocentas mil toneladas de grãos. Esse valor corresponde a ligeira queda de 0,75% em relação à safra do ano anterior.

O resultado abrange as três safras de grãos cultivadas no Estado, entre a produção de verão, outono e inverno, e consta no relatório de julho, divulgado nesta segunda-feira

pelo Departamento de Economia Rural, o Deral, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento.

De acordo com o diretor do Deral, Francisco Simioni, a partir da segunda safra houve recuperação na produção e nos preços praticados ao produtor.

Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, o Paraná colherá boa safra de milho e as lavouras estão praticamente salvas do risco de geadas mais forte.

A segunda safra de milho compensou a quebra na produção com a colheita de dez milhões e meio de toneladas, volume 65% superior ao ano anterior.

O aumento na segunda safra de milho ocorreu em função do crescimento de 20% na área plantada neste ano, que passou de um milhão e setecentos mil para 2 milhões de hectares.

Técnicos do Deral observam que apesar das boas condições de produção e de comercialização, o produtor pode ter elevação nos custos de produção de milho com a aplicação de fungicidas para eliminar doenças.

Os produtores de soja também estão satisfeitos com o desempenho da cultura e com a sinalização do mercado externo, que aponta a manutenção de preços sustentáveis para a próxima safra.

A safra 2011/12 também foi prejudicada pela estiagem que castigou o Estado desde o fim do ano passado até meados de fevereiro deste ano, quando houve quebra de 23,7% na produção do grão. Por outro lado, produtos como feijão e trigo apresentam queda na produção na safra 2011/2012. Em contrapartida, em função da reação nos preços do feijão no mercado, os produtores paranaenses aumentaram a área cultivada com feijão da segunda safra em 31%.

No relatório, o Deral confirmou a área plantada com trigo no Paraná, com setecentos e sessenta e quatro mil e oitocentos hectares, uma das menores dos últimos 10 anos. Este ano, o Paraná deverá colher pouco mais de 2 milhões de toneladas de trigo, queda de 10% em relação à produção anterior, que já vinha refletindo o desestímulo dos produtores.

Esse e outros assuntos relacionados aos fatores políticos e comerciais que interferem na cultura do trigo são debatidos durante a sexta Reunião da Comissão Nacional de Trigo, que acontece em Londrina, a partir desta segunda e segue até quinta-feira, na Sociedade Rural do Paraná.