Após reunião, greve dos caminhoneiros é suspensa em todo o Brasil.

A lei regulamenta a jornada de trabalho da categoria e obriga o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas.

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  • 01 de Agosto de 2012
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O Movimento União Brasil Caminhoneiro decidiu suspender a paralisação que desde a semana passada provoca bloqueios em estradas do país após reunião ontem, em Brasília, com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e representantes do governo.

Em ata divulgada após a reunião, os líderes dos caminhoneiros comprometem-se "com a completa e imediata suspensão do movimento da categoria ora em curso".

Em troca, o governo instalará uma mesa de negociação no próximo dia 8 de agosto para discutir as reivindicações da categoria.

Os caminhoneiros não concordam com os termos da lei federal 12.619, publicada no último dia 30 de abril e que entrou em vigor nesta segunda. A lei regulamenta a jornada de trabalho da categoria e obriga o trabalhador a ter descanso de 11 horas entre duas jornadas.

O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, afirmou que, como ainda há muitos caminhões parados nas estradas, a "desmobilização" total do movimento deve ocorrer somente na manhã desta quarta.

O ministro explicou que a lei que estipula normas para o segmento, como por exemplo descanso de 11 horas por dia e delimitação de carga horária (oito horas por dia e descanso de meia hora a cada quatro), não vão ser revogadas.

Mas, segundo ele, Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vai fazer uma fiscalização educativa desses aspectos nos próximos 30 dias, a fim de dar tempo para que os caminhoneiros se acostumem na transição para as novas regras.

Sobre o RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga), o ministro disse que o governo vai suspender norma que ampliava o leque de pessoas que poderiam atuar como caminhoneiros.

Segundo as entidades de caminhoneiros, a norma do governo tinha ampliou em 600 mil o numero de transportadores, o que teria aumentado demais a oferta e diminuído o valor do frete. O governo, segundo o ministro, vai suspender a norma por ora, atendendo ao pedido dos caminhoneiros.