Arns afirma que o Estado foi simplesmente desconsiderado pela União, apesar de contar com três ministros paranaenses em Brasília.
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Sem capacidade gerencial para concretizar investimentos ambiciosos, o governo abraçou a iniciativa privada e anunciou ontem o maior pacote de concessões em rodovias e ferrovias já feito no país, no valor de R$ 133 bilhões, com a expectativa de impulsionar a economia a partir de 2013. O conjunto de iniciativas inclui apenas duas obras no Paraná, o que gerou reações da administração estadual.
O vice-governador Flávio Arns afirmou que o Paraná vai se mobilizar para cobrar a inclusão de obras no pacote anunciado pelo governo federal. “Não fomos ouvidos, não fomos consultados e não fomos contemplados”, disse.
Arns afirma que o Estado foi simplesmente desconsiderado pela União, apesar de contar com três ministros paranaenses em Brasília.
Para o vice-governador, a reação deve ser contundente, tanto por parte do executivo estadual e da bancada federal paranaense quanto da sociedade. “Basta de discriminação. Essa situação não tem o menor cabimento”, disse. “Vamos lutar para mudar isso, até porque o Paraná merece uma contrapartida a altura daquilo que produz em favor do País”, afirmou o ele, que acompanhou o anúncio do pacote de obras em Brasília.
Flávio Arns afirmou que o Estado responde por mais de 20% da produção brasileira de grãos e, só por isso, deveria receber a atenção devida por parte do governo federal, para que possam ser resolvidos gargalos de logística que comprometem o desenvolvimento estadual.
Ele ressaltou que não é possível aceitar que não haja uma única obra rodoviária prevista no pacote do Ministério dos Transportes. “O Paraná aparece no pacote em duas obras ferroviárias, mas ao que tudo indica só está nos projetos por que fica entre São Paulo e o Rio Grande do Sul”.