A greve nacional dos professores das universidades federais completará amanhã 108 dias e, no domingo, se tornará a mais longa da história do país.
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A greve nacional dos professores das universidades federais completará amanhã 108 dias e, no domingo, se tornará a mais longa da história do país. Mesmo com a expectativa de que o principal sindicato nacional da categoria, o Andes, recomende o fim da paralisação, as assembleias locais das instituições de ensino superior terão autonomia para votar a sugestão. Se aprovarem o retorno às atividades, as aulas nas instituições devem recomeçar apenas a partir de 10 de setembro.
Para tomar uma posição oficial em relação à greve, o Andes informou que analisará o resultado das assembleias das 56 instituições federais de ensino superior que ainda estão em greve. Algumas dessas sessões ocorreram ontem e outras serão realizadas hoje.
No Paraná, os professores se reuniram ontem em assembleias na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Nas reuniões, professores insatisfeitos com a greve quiseram incluir na pauta o debate sobre a continuidade ou não da mobilização, mas foram vencidos.
Na UTFPR, de 125 professores, 50 votaram por não colocar a interrupção da greve em pauta, contra 44 que eram favoráveis. Os outros se abstiveram de votar.
Já na UFPR, a maioria dos cerca de 350 docentes levantou os braços indicando que a decisão sobre a interrupção da paralisação deveria esperar. Hoje será a vez da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) debater o assunto.
Se as aulas voltarem em setembro, o calendário acadêmico de 2012 nas três instituições vai terminar apenas no fim de março de 2013.