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LUÍS GUSTAVO

Irrigação e uso racional da água na agropecuária são discutidos no Paraná.

De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o tema é importante principalmente na região Oeste que perdeu muito com a seca do início do ano.

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  • 31 de Agosto de 2012
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Cascavel, município da região Oeste, vai sediar o 25.º Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, de 4 a 9 de novembro. A opção pelo Paraná é resultado do acordo entre a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem.

De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o tema é importante principalmente na região Oeste que perdeu muito com a seca do início do ano.

O lançamento do Congresso de Irrigação e Drenagem foi feito pelo presidente do Instituto Agronômico do Paraná, o Iapar, Florindo Dalberto, durante tarde de campo sobre Integração Lavoura e Pecuária, realizada na Estação Experimental de Santa Tereza do Oeste.

O dia de campo teve como tema a Integração Lavoura e Pecuária e o uso da irrigação em pastagens. A tecnologia corresponde ao novo modelo de agricultura que a Secretaria está empenhada em difundir para elevar a produtividade, com sustentabilidade ambiental.

São sistemas mistos que integram lavoura, pecuária e florestas, com combinações especializadas para as diferentes regiões do Estado e que vem sendo difundidos pelo Iapar e Instituto Emater em dias de campo.

Segundo o secretário Ortigara, os produtores devem aproveitar o bom momento para fazer mudanças na propriedade, aproveitando a tecnologia e o crédito, que está farto e com boas taxas.

Em Santa Tereza do Oeste, a tarde de campo demonstrou as linhas de experimentos que alia o cultivo de grãos com a boa alimentação aos animais.

Ortigara lamentou que na média do Estado a pecuária de corte tenha resultados inferiores a meio boi por hectare por ano, em muitas localidades. Segundo ele, isso acontece muito por falta de alimentação adequada aos animais na propriedade que dificultam o ganho de peso.

O secretário cunhou a expressão “Fábrica de Comida” ao se referir ao o novo modelo tecnológico que vem sendo difundido pelo Iapar e Emater, nos vários dias de campo, resultado de anos de pesquisas e que pode ajudar o agricultor a ter lucros ambientais e econômicos.

O modelo permite recorrer a várias combinações e alternativas de plantio de forrageiras que incrementam o ganho de peso dos animais e aumentam a produtividade das lavouras de grãos com a prática da rotatividade.

A região Oeste do Paraná também está num momento de recuperação das perdas severas que sofreu no início deste ano com a estiagem, e o insumo água voltou a ser preocupação entre os agricultores.

Segundo Ortigara, com a introdução do uso racional da água como insumo e componente importante do sistema de integração permite à pequena propriedade ter seis ou sete animais produzindo leite e carne com mais produtividade, ao invés de uma ou duas cabeças como acontece atualmente.