Os banqueiros reapresentaram a mesma proposta já comunicada na última semana, de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%.
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Após mais uma rodada fracassada de negociação com os bancos sobre o dissídio da categoria, os bancários decidiram entrar em greve no próximo dia 18. Antes disso, o Comando Nacional dos Bancários fará uma assembleia no dia 12 e outra, na noite do dia 17. A expectativa da categoria é de que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresente nova proposta antes disso e reabra as negociações.
Ontem, representantes dos bancários ficaram reunidos com a Fenaban das 15h até o início da noite, sem que uma nova rodada de discussão fosse marcada.
"Não tivemos avanços hoje, o que significa que eles não estão querendo resolver a campanha na mesa de negociação", avalia a presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite. A Fenaban não quis dar entrevistas.
Os banqueiros reapresentaram a mesma proposta já comunicada na última semana, de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.
"Os bancos vieram para a mesa e não apresentaram nenhuma outra proposta. A gente já havia discutido essa proposta atual e dito que era insuficiente", disse Juvandia. "Nós estamos dando prazo inclusive para que eles revejam a decisão. Temos duas assembleias antes da greve e a Fenaban pode chamar o comando para fazer nova proposta", completou.
Na semana passada, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, já havia alertado que a categoria estava mobilizada para ir à greve caso o acordo fosse insatisfatório. A expectativa do Comando Nacional dos Bancários era de que a Fenaban apresentassem hoje nova proposta que se aproximasse mais das reivindicações.