No acumulado no ano, o índice ficou em 3,18% ? abaixo da taxa de 4,42% verificada no mesmo período do ano passado.
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a "inflação oficial" do país, por ser usada como base para as metas do governo, desacelerou de 0,43% em julho para 0,41% em agosto, conforme divulgou, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a mais alta para o mês de agosto desde 2007, quando havia subido 0,47%.
No acumulado no ano, o índice ficou em 3,18% – abaixo da taxa de 4,42% verificada no mesmo período do ano passado. Já em 12 meses o IPCA acumula alta de 5,24% – superior à variação de 5,20% registrada nos 12 meses anteriores. Em agosto de 2011, o índice ficara em 0,37%.
As previsões do mercado financeiro para a inflação em 2012 têm subido nas últimas semanas, segundo o boletim Focus, do Banco Central. A pesquisa mais recente apontou uma projeção de 5,19%.
O grupo de despesas com alimentação e bebidas mostrou que a alta de preços perdeu força, passando de 0,91% em julho para 0,88% em agosto. Ainda assim, apresentou a maior variação entre os tipos de gastos pesquisados pelo IBGE.
O preço do tomate, considerado o atual vilão da inflação dos alimentos, segue subindo, mas num ritmo menor – depois de aumentar 50,33% em julho, desacelerou para 18,96% no mês seguinte. Ainda assim, segundo o IBGE, continua sendo o líder dos impactos individuais sobre a taxa.
As altas também vieram dos grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,36% para 0,53%) – pressionados pelos remédios e pelos artigos de higiene pessoal –, educação (de 0,12% para 0,51%) – refletindo os preços praticados no segundo semestre do ano letivo –, e artigos de residência (de -0,01% para 0,40%) – devido aos itens mobiliário e eletrodomésticos.
Seguiram o mesmo comportamento as variações de preços de artigos de vestuário (de 0,04% para 0,19%), "com o início da comercialização dos produtos da nova estação", e transportes (de -0,03% para 0,06%), com influência das tarifas dos ônibus urbanos (de 0,17% para 0,46%).
O ritmo de alta perdeu força nos grupos despesas pessoais (de 0,91% para 0,42%) – influenciado pela variação de empregados domésticos (de 1,37% para 1,11%) –, habitação (de 0,54% para 0,22%), com destaque para a desaceleração de aluguel residencial (de 1,16% para 0,43%) e energia elétrica (de 0,04% para -0,83%) –, e comunicação (de 0,15% para –0,01%).