O Brasil passa a ocupar o 48° lugar entre os países mais competitivos do mundo, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial, entre as 144 nações analisadas. Considerando que o Brasil é a 6ª economia do planeta e detém apenas 1,4% do mercado mundial, mostra a fragilidade brasileira: 22ª posição na exportação e 21ª na importação.

Dos 160 milhões de dólares das exportações brasileiras em 2012, até agosto, 45% são provenientes de minério de ferro, soja, óleo bruto de petróleo, café em grão in natura, carnes de frango, bovino e suíno, açúcar de cana. Em 2006, esses produtos respondiam por 28% da exportação brasileira.

O aumento das exportações brasileiras é um movimento decorrente da expansão da economia mundial e essa expansão, iniciada desde o inicio da década passada, alavancou os preços de commodities. A crise econômica mundial fez com que produtores de manufaturados buscassem outros mercados para seus produtos, aumentando a concorrência no mercado externo.

O perfil de comércio exterior do Brasil é dependente de commodities. Exportar commodities não é ruim, o problema é só exportar isso: a dificuldade do Brasil é ser fraco em exportações de manufaturados. Se pensar em ações governamentais, percebe-se a redução da taxa de juros iniciada em 2011 e a política mais ativa para manter o dólar alto, ajudando o Brasil a se tornar mais competitivo.

Para ser mais competitivo, o país deve vencer seus pontos fracos: falta de eficiência do mercado de bens, saúde e educação primária, infraestrutura, regulação tributária e eficiência do mercado de trabalho. Quanto aos seus pontos fortes, consideram-se: tamanho de mercado, sofisticação de empresas, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica e inovação.