Antes mesmo de ser concluída, usina de Biodiesel de São Jorge do Oeste é desativada.

O projeto Paraná Biodiesel era coordenado pela Copel, que tinha a Tecpar como parceira.

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  • 30 de Novembro de 2012
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Na semana passada o governador Beto Richa inaugurou uma usina de biodiesel na Lapa, região metropolitana de Curitiba. Este foi o primeiro projeto beneficiado pelo projeto Paraná Competitivo. Esta inauguração reacendeu o caso da usina de biodiesel anunciada em 2009 para o município de São Jorge do Oeste, localizado no sudoeste do estado.

Esta usina, que deveria ter sido concluída em 2011, seria contemplada pelo extinto projeto Paraná Biodiesel. Contudo, assim como o projeto, a usina também foi desativada.

O projeto Paraná Biodiesel era coordenado pela Copel, que tinha a Tecpar como parceira. A Copel ficaria com a responsabilidade de adquirir e instalar a usina de biodiesel. Já a prefeitura do município deveria instalar uma unidade responsável pelo beneficiamento dos resíduos.

De acordo com a Agência Estadual de Notícias, cerca de 2,5 mil famílias de pequenos agricultores seriam favorecidas diretamente pelo empreendimento. A usina seria responsável por produzir 5 mil litros de biodiesel por dia.

Em 2010 as obras começaram com investimentos da Copel, da Secretaria Estadual de Agricultura e de outros parceiros. Na época, foi determinado que as cooperativas Claf e Coopafi ficariam responsáveis pela gestão da fábrica de ração, que seria instalada no local. Entretanto, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Copel e da Secretaria de Agricultura do Estado, esta fábrica nunca ficou pronta, o que acabou inviabilizando o projeto.

A fábrica teria a função de aproveitar os resíduos da matéria-prima utilizada. Ainda assim, de acordo com a assessoria da secretaria, a nova gestão municipal, que deverá assumir no ano que vem, será procurada para nova negociação.

Enquanto isso, as obras que estavam sendo executadas às margens da PR 281 ficarão paradas. A estimativa era de que 10 mil pessoas da região sudoeste seriam beneficiadas pela usina e pela fábrica.

O prefeito eleito, Lorimar Luiz Gaio, contou que ainda é cedo para dar uma posição a respeito da situação.

 “Hoje não posso lhe assegurar nada com segurança”, declarou. Ele destacou que o assunto biocombustível já esteve em evidência a nível nacional, mas hoje pouco se comenta. “Em função do pré-sal, no início se falava muito nestas políticas. O presidente Lula o tempo todo vendia a imagem do biodiesel, mas em um momento não se comentou mais”, pontuou.

O presidente da Coopaf, Nirto Dacoregio, não foi informado sobre o fim das atividades. “Eu fui a uma reunião em Curitiba, foi assinado tudo lá, mas não sei como ficou”, afirmou.

Segundo ele, a desativação da usina significa uma quebra de expectativa entre os produtores. “Além da usina, iria funcionar uma fábrica de ração, que iria fornecer para os produtores a um bom preço. Ia ser um benefício ao nosso bolso porque, além de entregar a soja para o biodiesel, ainda teria a ração mais barata”, explicou.

A prefeita Leila Aparecida da Rocha, não foi localizada para comentar o assunto.