O governador Beto Richa inaugurou ontem, a Usina Hidrelétrica de Mauá, na região Centro-Norte do Estado, que tem potência instalada de 361 megawatts, o que representa uma energia suficiente para atender 1 milhão de consumidores.

A usina foi construída pela Copel e Eletrosul no rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, com investimento de um bilhão e quatrocentos milhões de reais. No discurso, Beto Richa destacou a importância da obra para o desenvolvimento do Paraná e do Brasil. Ele afirmou que a usina é um exemplo do que os paranaenses fazem pelo País, apesar das perdas que serão impostas ao Estado com a nova política federal para as tarifas de energia.

Ao reafirmar que o Paraná está dando a cota de contribuição para a redução da energia no País, ao renovar antecipadamente os contratos de transmissão, o governador disse que o Estado terá prejuízos que chegam a 450 milhões de reais, com a queda na arrecadação de ICMS, enquanto a perda anual da Copel será de 178 milhões.

Segundo ele, a queda da receita pode reduzir investimentos previstos em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança pública. O governador Beto Richa, ressaltou que a entrega da usina tem uma importância econômica para a região, para o Paraná e para o Brasil e a obra reafirma o posicionamento da Copel como empresa de destaque na América Latina.

A Usina de Mauá é a 6ª maior hidrelétrica em potência instalada em território paranaense, ficando atrás apenas das cinco usinas localizadas no rio Iguaçu. Beto Richa destacou que a companhia fez um investimento recorde de 3 bilhões de reais nos dois últimos anos, com quatro milhões de ligações elétricas, atendendo mais de 10 milhões de pessoas em todas as regiões do Paraná. Segundo o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, a operação da Usina de Mauá é muito importante para o sistema interligado nacional, já que existe uma preocupação, pela falta de chuvas ou pelo atraso das chuvas, estando os reservatórios, com os volumes de água baixos.

A concessão da Usina de Mauá pertence ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel, com 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas, com 49%. O presidente da Eletrosul Eurídes Mescolotto disse que a usina é importante para o desenvolvimento do Paraná e do Brasil.

Ao longo da construção, foram desenvolvidos 34 programas ambientais, que fazem parte do Projeto Básico Ambiental do empreendimento. Estes programas tiveram como objetivo aliviar e compensar os impactos e potencializar os benefícios decorrentes do empreendimento.