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Relatório oficial da CPI do Cachoeira é rejeitado; aprovado documento sem indiciamentos.

A oposição, com 18 votos contra, venceu a bancada governista, que conseguiu 16 votos a favor do relatório.

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  • 19 de Dezembro de 2012
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O relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), apresentado há três semanas e alvo de muita polêmica, foi rejeitado ontem pelos parlamentares da CPI do Cachoeira. A oposição, com 18 votos contra, venceu a bancada governista, que conseguiu 16 votos a favor do relatório.

Os parlamentares, no entanto, aprovaram, por 21 votos a 7, o voto em separado, espécie de “relatório alternativo”, do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).

O documento de Pitiman, de apenas uma página e meia, pede que o Ministério Público e a Polícia Federal continuem as investigações a partir do material que a comissão produziu, mas não sugere nenhum indiciamento nem responsabilização penal.

Pitiman sugere ainda que sejam escolhidos pela CPI dois senadores e três deputados para que possam acompanhar durante os anos de 2013 e 2014 o andamento das apurações dos pedidos de investigação e que possam trazer o resultado final das apurações para o Congresso. Mas, por acordo, os parlamentares retiraram esse trecho do texto do relatório.

Diz trecho do texto: “A única solução seria encaminharmos todos os trabalhos realizados por esta CPMI para o Ministério Público e para a Polícia Federal, para que, pelos meios próprios previstos em lei, possam dar prosseguimento às investigações e possam, ao final, com a segurança que os processos como este requerem, darem o tratamento próprio às investigações como um todo e a cada caso tratado em particular.”

O documento aprovado pela CPI será encaminhado agora ao Ministério Público.

Já o documento de Cunha, relator oficial da comissão durante os vários meses de funcionamento, concluía pela acusação de 41 pessoas: para 29, foi recomendado o indiciamento, e para 12, por terem foro privilegiado, foi solicitada a responsabilização.

Todas, na visão do relator, têm ou tiveram relação com o esquema ilegal do bicheiro Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar uma quadrilha ligada à exploração de jogos ilegais, envolvendo autoridades e agentes públicos.

Entre as pessoas que Cunha responsabilizou estão o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO), o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish.

Antes da votação do relatório final, Cunha apresentou as alterações que fez após receber as sugestões dos demais integrantes da comissão, mas mesmo assim foi vencido pelos integrantes da comissão.