Analisando a forma bárbara como ele assassinou, é um psicopata em potencial. Um distúrbio de personalidade antissocial. Ele é perverso, cruel e mata sem remorso", afirma Dilma Schirr, psicóloga em Francisco Beltrão.

Com base nas entrevistas de Gilmar Reolon, Dilma conclui que a mente doentia fez com que ele não pensasse no outro de forma a cuidar, uma vez que matou para que a família não sofresse e, na verdade, agiu com crueldade.

Por ter uma mente doentia, patológica e cruel, deve ser mantido isolado, distante da sociedade.

Segundo Dilma, ele tentou se matar duas vezes, mas não conseguiu e ao invés de se entregar foi viver a ermo. O fato de se dizer arrependido não passa de um condicionamento social, para demonstrar boa conduta.

Por ter planejado sordidamente cada passo e não estar verdadeiramente arrependido, Gilmar pode ser considerado um psicopata.

"A origem pode ser uma infância abusada, com exagero de autoridade, violência física e verbal; pode ser genética ou então falha neurológica. Ainda não temos uma origem exata do que leva à psicopatologia."

Paula Gabrieli Benedito, que é psicóloga e estagiou por um ano na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, destaca que Gilmar apresenta traços patológicos, mas é preciso analisar o histórico de vida para definir seu perfil.

"Até o momento ele não falou nada que demonstre aspecto esquizóide, de esquizofrenia, como agir sob o comando de vozes ou de ações externas."

Ela destaca que patológico é tudo o que foge às regras sociais para que haja uma convivência harmoniosa, portanto somos responsáveis pelas nossas escolhas, mas dentro da organização social.

Suas ações demonstram egocentrismo, uma vez que ele pensou apenas nele. Paula enfatiza a importância de considerar que toda tragédia passa a ser desculpa para alguma patologia, mas nem sempre é assim. "Não é fácil identificar quem tem traços desse perfil."