Segundo o órgão, 92 frequentadores da casa noturna estão internados em hospitais de Santa Maria, enquanto outros 14 foram transferidos para a capital Porto Alegre.
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A Defesa Civil de Santa Maria (RS) confirmou na tarde de ontem que 233 pessoas morreram e 106 continuam internadas após o incêndio na boate Kiss, durante a madrugada. Segundo o órgão, 92 frequentadores da casa noturna estão internados em hospitais de Santa Maria, enquanto outros 14 foram transferidos para a capital Porto Alegre. Não há informações de internados em outras cidades ou feridos que receberam alta.
A boate, que era uma das principais casas noturnas da cidade e famosa por receber estudantes universitários, estava com o alvará de funcionamento e o plano de prevenção contra incêndio vencido desde agosto.
O local tinha capacidade para 2.000 pessoas. Este é o segundo maior incêndio do Brasil.
A maior tragédia brasileira foi registrada em 1961, quando 503 pessoas morreram em um incêndio no Grande Circo Americano, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.
A casa recebia a festa "Agromerados", com a participação de DJs e bandas e tinha cerca de mil e quinhentas pessoas.
As chamas começaram durante o show do grupo Gurizada Fandangueira, quando o vocalista da banda acendeu um sinalizador, que soltou faíscas que queimaram o forro do teto da boate.
A delegada Luiza Sousa, responsável pelas primeiras investigações, disse à imprensa que, segundo porteiros, Mauro Hoffman e Elisandro Spohr, donos da boate, deixaram os prédios onde vivem pela manhã.
A presidente Dilma Rousseff, que estava participando da cúpula dos países da América Latina com a União Europeia em Santiago, no Chile, cancelou sua agenda no país e retornou ao Brasil para visitar as vítimas em Santa Maria.
Ela foi acompanhada de ministros do governo, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do prefeito de Santa Maria, César Schimer. A cidade decretou luto de 30 dias e o Estado, de sete dias.