De agosto de 2012 até esta segunda-feira, foram confirmados 2.421 casos da doença, o que eleva a taxa de incidência estadual para 37,24 casos por 100 mil habitantes.
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A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem, novo informe com os novos números da dengue no Paraná. De agosto de 2012 até esta segunda-feira, foram confirmados 2.421 casos da doença, o que eleva a taxa de incidência estadual para 37,24 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, o Paraná não vive uma epidemia de dengue e está longe das taxas de incidência de outros estados do país.
O informe desta semana mostra que mais cinco municípios alcançaram a taxa de 300 casos por 100 mil habitantes, que determina situação epidêmica.
Terra Rica, Primeiro de Maio, Santa Fé, Formosa do Oeste e Tamboara são municípios com menos de 15 mil habitantes e, por isso, um número baixo de casos já os colocam em situação de epidemia.
Tamboara, por exemplo, tem apenas 21 casos confirmados. Dos 11 municípios hoje epidêmicos, 10 têm menos de 20 mil habitantes. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, nesses casos, com uma intervenção correta e oportuna, o controle da doença se dá com maior facilidade.
Outro aliado no combate a dengue é o fumacê que atua no enfrentamento do mosquito adulto. A orientação é que a população abra janelas e portas quando o carro do fumacê passar.
O Estado já enviou equipes e caminhonetes para realizar a aplicação do veneno em todos os municípios epidêmicos. De acordo com o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan, o período ainda é critico.
O trabalho conjunto do Estado, municípios e comunidade já traz resultados positivos. Peabiru, a cidade com mais casos de dengue no Estado, apresenta tendência de queda nos casos confirmados. Há três semanas o município registrou 130 casos em sete dias. Nesta última semana foram apenas 13.
A Secretaria da Saúde esclarece que nos municípios epidêmicos todas as mortes são analisadas pela equipe da vigilância em saúde para verificar se a dengue está relacionada ao óbito.
A morte por dengue só é confirmada após laudos definitivos do Laboratório Central do Estado e conclusão epidemiológica. Ronaldo Trevisan disse que duas mortes por dengue já foram confirmadas no Estado, em 2013, e outras quatro permanecem em investigação.
Três são de Peabiru e uma de Campo Mourão, na região Centro-oeste do Estado. A investigação tem o objetivo de atestar se a dengue foi a principal responsável pela morte ou se apenas contribuiu para o agravamento do quadro clínico do paciente.