Polícia ouviu mais de cem pessoas sobre mortes em UTI de hospital.

Ela está detida desde terça-feira (19), após uma operação policial que também recolheu prontuários médicos.

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  • 27 de Fevereiro de 2013
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Mais de cem pessoas já procuraram a delegacia para depor no caso da médica Virgínia Soares Souza, chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico de Curitiba. Ela está detida desde terça-feira (19), após uma operação policial que também recolheu prontuários médicos.

A delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), Paula Brisola, intimou famílias de pacientes de casos que estão sob suspeita.

A médica foi indiciada por homicídio qualificado, ou seja, por acelerar a morte de pacientes sem chances de defesa. A ação, de acordo com a polícia, tinha como objetivo liberar leitos na UTI do Evangélico.

Além dela, outros três médicos foram presos no sábado (23). Na segunda-feira (25), uma enfermeira, que também é suspeita de envolvimento no caso, se apresentou à Polícia Civil. Ela estava foragida desde sábado, quando foram expedidos os mandados contra os médicos que foram presos. A mulher prestou depoimento e deve continuar presa.

A Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) e o Ministério Público defenderam o trabalho da polícia, em uma entrevista coletiva, concedida na tarde de ontem.

O presidente da Adepol, Kiyoshi Hattanda, disse que já ouviu parte das gravações que estão no inquérito. “O que está contido nessas degravações é estarrecedor, daí a motivação da autoridade policial em segregar a médica, bem como, naquele momento, fazer a apreensão dos prontuários”, afirmou.