A partir do dia 12 de março, quando a Itália formar o seu novo Parlamento, a ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS) será a primeira brasileira a ocupar um cargo de deputada, em Roma.
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A partir do dia 12 de março, quando a Itália formar o seu novo Parlamento, a ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS) será a primeira brasileira a ocupar um cargo de deputada, em Roma.
Renata tem cidadania italiana – sua família é de Treviso, na região do Vêneto – e ela representará os italianos (ou brasileiros com dupla cidadania) que vivem na América do Sul.
Durante a campanha, ela viajou para várias cidades do Brasil, passando por aquelas com uma forte influência italiana, como Criciúma (SC) e a região da Serra Gaúcha (RS).
Quando começar o trabalho como deputada, Renata virá ao Brasil para continuar em contato com os eleitores, mas terá de fixar residência na Itália. “O Brasil nunca teve tantos representantes como agora”, disse a deputada eleita, por telefone desde Roma, para onde viajou a fim de semana para acompanhar as eleições que começaram no último domingo (24).
Todos os anos, de acordo com a deputada, o Brasil conseguia eleger ao menos um deputado. Neste ano, com as apurações encerradas ontem, foram quatro brasileiros com dupla cidadania eleitos deputados e um, senador.
No processo eleitoral da Itália, os eleitores votam nas chapas concorrentes. Renata faz parte da chapa Unione Sudamericana Emigrati Italiani (USEI).
Na cédula, depois de escolher a chapa, é possível escrever o nome do candidato. Porém, até ontem, o resultado por candidato não havia sido divulgado pelo Ministero Dell’Interno. No fim das contas, o que interessa aos italianos é a votação nas chapas.
De acordo com a página na internet do jornal La Repubblica, o USEI conquistou 44.024 votos, elegendo um deputado (Renata). Destes, a assessoria da deputada eleita afirma que 21 mil vieram do Brasil e calcula que 90% tenham sido para Renata.
Para representar as pessoas que a elegeram, Renata explica que deverá atender a “demandas clássicas” dos italianos que moram na América do Sul, sobretudo no Brasil, em questões que passam por cultura, intercâmbio e educação.