O papa Francisco celebrou ontem (14) a primeira missa de seu pontificado na Capela Sistina, acompanhado pelos 114 cardeais que na quarta-feira (13) o elegeram como o 266º sucessor de Pedro e por outros cardeais octogenários.

No sermão, ele disse que, se a Igreja não proclamar Jesus, se transformará "em uma ONG piedosa, mas não na esposa do Senhor".

Na homilia, o papa destacou também que, quando os fiéis caminham sem a Cruz, edificam sem a Cruz e professam sem a Cruz, "não somos discípulos do Senhor".

"Podemos ser mundanos, podemos ser bispos, sacerdotes, cardeais, papas, etc, mas não discípulos do Senhor", ressaltou o papa Bergoglio perante os cardeais que o elegeram pontífice.

Às 17 horas locais (13 horas de Brasília), Jorge Mario Bergoglio entrou na capela Sistina, onde ocorreu o conclave de cardeais, vestido de branco, com sua mitra (espécie de chapéu) e cajado.

Francisco permaneceu detrás do altar da Capela e abriu a missa com o convite a todos os presentes ao ato penitencial, pronunciado em latim, com o afresco de "O juízo final", pintado por Michelangelo, ao fundo. A missa foi celebrada em latim, com algumas leituras em italiano.

A celebração da missa solene de início de pontificado será realizada na terça-feira, 19 de março, às 9h30 locais (5h30 de Brasília, dia de São Jose, o padroeiro da Igreja, na praça de São Pedro do Vaticano.

Vários chefes de Estado e de governo de todo o mundo, assim como milhares de fiéis, assistirão a cerimônia.