Bola é condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza.

Encerrados seis dias de um tumultuado Tribunal do Júri, marcado por discussões acaloradas e troca de acusações entre defesa e acusação.

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  • 29 de Abril de 2013
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Encerrados seis dias de um tumultuado Tribunal do Júri, marcado por discussões acaloradas e troca de acusações entre defesa e acusação, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado – morte por esganadura mediante impossibilidade de defesa – e ocultação do cadáver de Eliza Samudio. A jovem foi morta em 10 de junho de 2010, na casa de seu executor, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O réu, que afirma ser inocente, foi condenado a 19 anos por homicídio e a 3 anos por ocultação de cadáver. O júri, composto por quatro homens e três mulheres, condenou Bola pelos dois crimes. A sentença foi lida às 23 horas e 45 minutos do sábado pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues.

Na leitura da sentença, a juíza Marxixa Rodrigues afirmou que o réu agiu com plena consciencia da gravidade de seus atos e com a certeza da não culpabilidade, além de total desprezo e impiedade pela vida humana. Bola foi descrito como agressivo, impiedoso e de personalidade desviada. Para o promotor Henry Castro, a sensação é de dever cumprido. Derrotado, o advogado Ércio Quaresma disse que recorreria da decisão. O advogado insiste que seu cliente foi vítima de perseguição. Mas, apesar de todas as manobras e tentativas de desqualificar as investigações policiais, ele não conseguiu convencer o júri da inocência do réu, apontado pelo Ministério Público como “matador profissional”.

 

Fonte: Bruno Marques - Especial para O Estado de S. Paulo