Justiça bloqueia bens de deputados acusados de contratar 'fantasmas'.

A Justiça bloqueou mais de R$ 164 milhões, em bens, dos deputados estaduais Alexandre Curi (PMDB) e Nelson Justus (DEM) e de ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

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  • 07 de Maio de 2013
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A Justiça bloqueou mais de R$ 164 milhões, em bens, dos deputados estaduais Alexandre Curi (PMDB) e Nelson Justus (DEM) e de ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Isso porque eles são acusados de contratar, entre 2000 e 2010, funcionários fantasmas. Todos os contratados pertencem ou têm relação com duas famílias: a Guedes e a Tavares.

De acordo com o MP, estas contratações irregulares tinham o objetivo de desviar dinheiro dos cofres do legislativo estadual.

Juntos, os ex-diretores Cláudio Marques, José Ary Nassif, o então presidente da Casa Nelson Justos e o ex-primeiro secretário Alexandre Curi foram responsáveis por um desvio superior a R$ 17 milhões. O bloqueio dos bens foi definido, justamente, para garantir que os envolvidos devolvam o montante desviado.

O esquema era chefiado pelo ex-diretor geral da Alep Abib Miguel. Esta liderança foi confirmada por integrantes das famílias Guedes e Tavares, que se intitularam agentes políticos de Abib Miguel, e ajudaram nas investigações.

O deputado Alexandre Curi disse que vai provar a inocência dele na Justiça. Nelson Justus informou que não vai se pronunciar sobre a decisão. Já o advogado que defende o ex-diretor Cláudio Marques, afirmou que vai recorrer.

O advogado do ex-diretor-geral Abib Miguel disse que o cliente dele não fala sobre o caso e, por fim, o também ex-diretor José Ary Nassif não foi localizado.