Destas, seis tiveram resultados positivos. Em uma delas, 126 animais precisaram ser sacrificados.
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A tuberculose em animais, principalmente na bovinocultura de leite, preocupa produtores da região, onde nem sempre se possui a devida responsabilidade e alguns só se dão conta do problema quando é tarde demais.
No município de Dois Vizinhos, por exemplo, 14 propriedades já foram interditadas este ano. Destas, seis tiveram resultados positivos. Em uma delas, 126 animais precisaram ser sacrificados.
Na regional de Francisco Beltrão, números da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) mostram que, de janeiro até agora, houve apenas o registro de dois focos de tuberculose: Pérola dOeste e Pranchita. Neste último está sendo feito o trabalho a campo em 80 propriedades através da unidade de Santo Antônio do Sudoeste, devido ao raio de ação. Nos três primeiros meses, a regional de Pato Branco fez 45 testes com diagnóstico inconclusivos e seis positivos.
Segundo a supervisora regional da Adapar de Dois Vizinhos, Kathia Formighieri, o Estado aderiu ao programa criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que prevê o controle de erradicação de tuberculose e brucelose.
Muitos animais não apresentam sinais clínicos no início, ao contrário de quando se está em estágio avançado, onde há emagrecimento, redução de produtividade e tosse. Por isso há a importância de fazer os testes no mínimo duas vezes ao ano.
A Tuberculose se manifesta através do convívio diário entre os outros animais, uma vez que comem e dormem juntos. Se tiver a bactéria, as chances de contaminar animais ou o ser humano são grandes, assim como o ser humano também pode contaminar o animal.
As formas de transmissão, conforme Kathia, ocorrem do contato com o ser humano com as secreções do animal, ao espirrar, e quando há o consumo de leite cru ou derivados sem a pasteurização, e também dos derivados, como nata, manteiga e queijos coloniais.
A supervisora salienta que, no momento de confirmação do resultado positivo de tuberculose em animais no rebanho, a agência comunica imediatamente a Regional de Saúde para os profissionais realizarem o teste nos seres humanos, devido à probabilidade do contágio.
Assim que for feito o teste e ele indicar a inconclusividade, nem positivo e nem negativo, o animal é isolado do rebanho, onde novo teste confirmatório se realiza após 60 a 90 dias. Mas, caso for positivo, ele também ficará isolado, no entanto vai para o abate sanitário em um prazo máximo de até 30 dias.
Não existe vacina para combater a tuberculose. Portanto, algumas medidas necessitam ser tomadas.
O ressarcimento dos prejuízos pode ocorrer pelo Mapa por meio de uma comissão. Isso representará até 25% do valor do animal. Contundo, para ter esse direito, o produtor precisa ter adquirido a certificação de propriedade livre ou monitorada, o que passa por três etapas.
Depois da primeira etapa, a segunda é feita após 90 a 120 dias e a última ao completar de seis a oito meses
Ela adianta que a maioria dos produtores solicita este processo de certificação quando exames são exigidos pelo laticínio (empresa responsável por cobrar do produtor que vende o leite), ao fazer financiamento em banco, trânsito e participação de eventos.