Cooperativa diz que leite adulterado no RS não chegou ao PR.

De acordo com o promotor Mauro Rockenbach, o leite era transportado pelos investigados até a Confepar.

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  • 23 de Maio de 2013
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A Confepar - Agroindustrial Cooperativa Central negou ontem (22) que o leite batizado no Rio Grande do Sul tenha chegado ao Paraná. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) desencadeou na manhã de ontem (22) a operação Leite Compensado II.

Trata-se da segunda fase de uma ação que começou no dia 8 de maio e que investiga um esquema de adulteração do leite através da adição de água, ureia e formol ao produto. De acordo com o promotor Mauro Rockenbach, o leite era transportado pelos investigados até a Confepar. "Seguiam levando o leite gaúcho sabendo desde fevereiro que esse leite estava com restrição. O produto vinha para Londrina", disse o promotor. De acordo com a investigação, as transportadoras adulteraram pelo menos 120 mil litros de leite nos últimos três meses.

Ainda segundo o promotor, a Confepar foi advertida em 18 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura para que todo o leite cru recebido de estabelecimentos que estavam com restrição no Rio Grande do Sul deveria, obrigatoriamente, ser destinado para a produção de derivados lácteos.

"O memorando da advertência dizia que os derivados feitos a partir desse leite e com essa origem deveriam ficar apreendidos e somente ser liberados para a comercialização após a verificação mediante laudo oficial que apresentasse ausência de fraude no leite cru que deu origem ao lote. A Confepar é obrigada a tranquilizar a população dizendo o que fez com esse leite", explica Mauro Rockenbach.

Em nota, a Confepar diz reiterar seu "repúdio a ações fraudulentas, como as citadas nas investigações do Ministério Público e reafirma que sempre cumpriu com rigor seus procedimentos e controles internos de qualidade".

Ainda segundo a empresa, o leite apreendido no Rio Grande do Sul, na operação Leite Compensado, continua sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura e nunca foi destinado para a unidade industrial. A nota é finalizada com a afirmação de que os produtos podem ser consumidos com segurança.