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Receita do PR aumenta 13%. Mas gasto sobe 20% e rombo chega a R$ 100 milhões.

No primeiro quadrimestre deste ano, o Executivo estadual arrecadou R$ 10,3 bilhões ? um incremento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2012.

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  • 28 de Maio de 2013
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Nem mesmo o aumento na arrecadação muito superior à inflação e ao PIB impediu que o governo do Paraná fechasse no vermelho as contas dos primeiros quatro meses de 2013 – com um rombo de cerca de R$ 100 milhões.

No primeiro quadrimestre deste ano, o Executivo estadual arrecadou R$ 10,3 bilhões – um incremento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2012. Ainda assim, as despesas gerais do governo subiram bem acima do acréscimo de receitas e totalizaram R$ 10,4 bilhões de janeiro a abril. Um valor 20,6% maior do que no primeiro quadrimestre do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pelo governo estadual.

Um dos gastos que mais cresceu foi com a folha de pagamento do funcionalismo. Nos primeiros quatro meses de 2012, as despesas com servidores consumiram R$ 4,4 bilhões. No mesmo período deste ano, subiram para R$ 5,4 bilhões – aumento de 22,7%. Isso levou o governo Beto Richa (PSDB) a atingir um novo recorde de comprometimento das receitas com pagamento de pessoal, de 47,68%. É o maior nível nos últimos dez anos.

O gasto de 47,68% das receitas com pessoal ultrapassa o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Por isso, o governo está impedido de fazer novas contratações – uma das restrições impostas pela lei.

Apesar das restrições para novas contratações, Hauly explicou que as despesas com pessoal aumentaram por causa dos novos servidores que ingressaram no quadro do estado, além de acréscimos nas despesas com aposentadorias.

Hauly ainda atribuiu ao governo federal a culpa pelas dificuldades financeiras do estado. “Houve um esvaziamento das transferências federais, o que representou um déficit de R$ 767 milhões no nosso caixa.” Os repasses da União não têm crescido no ritmo projetado pelos governos estaduais por causa das desonerações fiscais promovidas pelo Planalto para estimular o consumo e a economia. Por lei, parte dos impostos federais é automaticamente repassado para os estados.