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JULIO VENDRAMINI

MP pede soltura de suspeitos do Caso Tayná; Cope assume delegacia

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) protocolou, ontem (14), um pedido, com caráter de urgência

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  • 15 de Julho de 2013
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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) protocolou, ontem (14), um pedido, com caráter de urgência, solicitando liberdade provisória para os acusados de violentar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Também neste domingo, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) determinou uma intervenção do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, onde os suspeitos dizem terem sido torturados para confessar os crimes, dos quais alegam inocência.

O pedido de soltura, que deve ser analisado pela Justiça, foi feito pelos promotores de Justiça Ricardo Casseb Lois e Paulo Sergio Markowicz de Lima, que atuam no caso. No documento, o Ministério Público afirma que os acusados já foram interrogados repetidamente durante o inquérito policial e cederam material genético para análise e comparação com as evidências. A promotoria defende que, até o momento, os acusados não demonstraram sinais de que praticariam outros crimes, caso sejam soltos.

O Ministério Público tomou a decisão do pedido de soltura após ouvir os depoimentos dos acusados durante a madrugada de domingo. O interrogatório, que aconteceu na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), teve início na noite de sábado e se estendeu até por volta das 7 horas de domingo. Os quatro acusados alegaram inocência e afirmaram que foram torturados para confessar o crime.

Segundo o delegado titular do Cope, Amarildo José Antunes, a decisão de intervir na delegacia foi tomada “em virtude da gravidade dos fatos e para garantir transparência, licitude e agilidade nas investigações”.

 Com a determinação, uma equipe de oito policiais do Cope assume a guarda do prédio e dos presos. Segundo o delegado, a operação deve durar cerca de três dias, período em que o Cope deve realizar também a transferência de 12 presos que estão na delegacia para um local ainda não determinado.

Os 20 policiais que atuavam na delegacia devem cumprir funções administrativas no setor de recursos humanos da Polícia Civil, durante esse período. Ao final da intervenção, novos policiais devem assumir a delegacia.