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JOAO PEDRO SEGATO

Diocese lança no dia 06 de março a campanha da fraternidade

Visando a dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais, a Igreja Católica aborda na Campanha da Fraternidade de 2014, o tema ?Fraternidade e o Tráfico Humano?.

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  • 08 de Janeiro de 2014
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Diz o texto base da Campanha da Fraternidade que os criminosos deste tráfico exploram pessoas em várias atividades: construção, confecção, entretenimento, sexo, serviços agrícolas e domésticos, adoções ilegais, remoção de órgãos e outras.
As vítimas normalmente são aliciadas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países. Por isso, o tráfico humano é frequentemente vinculado à migração, sobretudo quando o migrante está sob alguma forma de ilegalidade dentro ou fora do país.
Assim, trata-se de um crime altamente lucrativo, silencioso, de baixíssimo custo e de poucos riscos aos traficantes, em que a vítima tem sua dignidade aniquilada, sem ter como enfrentar e lidar com a situação em que foi submetida, podendo ser vendida e revendida várias vezes, como se fosse mercadoria, objeto.
Apesar da crueldade que se comete contra as pessoas no tráfico humano, só recentemente a sociedade em geral começou a conhecer a gravidade da dimensão deste problema social e a mobilizar-se para seu enfrentamento.
O Estado Brasileiro, após o Protocolo de Palermo, lançou, em 2006, a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de pessoas e, em 2008, o I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Agora, está em vigor o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, elaborado para o período de 2013 a 2016.
Com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja Católica se une a essas iniciativas, no intuito de potencializá-las e suscitar, em suas comunidades, reflexões e ações de combate a esta chaga social, de superação de situações de vulnerabilidade ao tráfico de prevenção, proteção e inserção, observando-se o respeito à dignidade da pessoa humana e o implemento dos direitos humanos, civis, políticos, econômicos, sociais e culturais no convívio familiar, comunitário e social.
Identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-lo como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos de Deus, são alguns dos objetivos.
Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos que sofrem com essa exploração. Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano. Reivindicar, dos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar e social. Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania das pessoas em situação de tráfico. Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador dessa realidade aviltante da pessoa humana. Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vítimas dessa mal.
Um esquema criminoso tem feito vítimas em todo o mundo, o comércio de órgãos. As vítimas são crianças, adolescentes e adultos jovens. O tráfico de órgãos movimenta 12 milhões de dólares ao ano. Preços mínimos no mercado negro de órgãos: Coração U$ 100 mil, Fígado U$ 30mil, Pulmão U$ 60mil, Rim U$ 80mil.
Na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, no dia 6 de março, na Casa de Formação Divino Mestre (Francisco Beltrão), às 9h, haverá o lançamento da Campanha da Fraternidade com entrevista coletiva à imprensa pelo Bispo Dom JoséAntonio Peruzzo e convidados.