Tráfico humano é tema da Campanha da Fraternidade deste ano

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano

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  • 28 de Fevereiro de 2014
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O tema da Campanha da Fraternidade deste ano será anunciado oficialmente pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na quarta-feira de Cinzas (5), mas as dioceses de todo o Brasil já trabalham internamente seus tópicos.
Este ano o tema da campanha será "Fraternidade e Tráfico Humano", e o lema será "É para a liberdade que Cristo nos libertou". De acordo com informações da CNBB, a escolha do tema surgiu com a proposta dos grupos de trabalho de enfrentamento ao tráfico de pessoas e de combate ao trabalho escravo, junto à CNBB e entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.
O que reforçou a escolha do tema foi a situação alarmante do tráfico humano no país e no mundo, uma vez que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) atenta para o aumento de vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do tráfico para a exploração sexual.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, principalmente pessoas vulneráveis e carentes, de forma psicológica ou de recursos.
O tema da campanha não se refere apenas às pessoas que são traficadas, mas também àquelas que sofrem em trabalhos escravos, são privadas de suas liberdades por causa do consumismo, são exploradas sexualmente, entre outras, e por isso não está tão longe da realidade da região, como muitos possam pensar.
O tema da campanha está sendo trabalhado internamente nas paróquias, mas a partir da quarta-feira de Cinzas será abordado por toda a comunidade, inclusive será discutido nas missas e nas aulas da catequeses, com as crianças.
O cartaz da campanha deste ano tem por objetivo, segundo a CNBB, fazer com que as pessoas reflitam sobre a crueldade do tráfico humano.
As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e seu sentimento de impotência perante os traficantes.
A mão que sustenta as correntes representa, de acordo com seus idealizadores, a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de suas famílias e de sua gente.