Conselho de defesa civil é acionado e discute solução urgente para problemas estruturais no Meredick

Quando chove as galerias pluviais não suportam grandes volumes de água provocando alagamentos e enxurradas

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  • 26 de Março de 2014
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O Bairro Meredick em DV vem enfrentando diversos problemas relacionados principalmente a infraestrutura e edificações. Quando chove, como na semana passada, as galerias pluviais não suportam grandes volumes de água provocando alagamentos e enxurradas. Em muitos pontos, a calçada está se desmanchando e os bueiros estão quebrados e entupidos em sua maioria. São 100 casas no total, onde residem 100 famílias advindas de áreas de risco, deficientes, idosos e indicadas através de parecer social. Os maiores problemas estão em 12 casas que ficam abaixo do nível da última rua, e em dias de fortes chuvas, essas recebem grande quantidade de água e terra, causando prejuízos. Os moradores tentam amenizar a situação construindo muros nas entradas das casas para evitar que sejam invadidas pela enxurrada. Além disso, essas 12 casas estão construídas em um terreno aterrado, sendo que no fundo dos lotes de moradias que ficam na Rua F, há desmoronamento de encosta. Um enorme buraco se forma, a cada chuva ficando maior, levando mais terras dos lotes. Apenas três metros separam as casas desse barranco, gerando insegurança nos moradores. Os taludes de grama também estão se desmanchando, e ao invés de passeio, é possível visualizar lama que escorre quando há precipitação.
Uma reunião na manhã de segunda-feira 24 de março, no gabinete do Prefeito Raul Isotton, com membros do conselho de defesa civil do município, teve o objetivo de debater sobre a situação do bairro, levantar informações pertinentes e encontrar solução para o impasse. Foi informado aos presentes que existem muitas irregularidades por deterioração do material utilizado e problemas de infraestrutura. As obras foram realizadas no final da gestão anterior e já apresentam problemas. Segundo uma ata produzida ao final da reunião, ao se realizar as obras, não foram levadas em consideração questões técnicas básicas. Nessa reunião, foram mostradas fotos através de recurso multimídia em que se constava inclusive que apenas metade das ruas com pedras irregulares foram construídas. Ocorre que uma empresa ganhou a metade da rua e a outra empresa os outros 50%. Uma executou o serviço e a outra não. Nessa ata ainda consta que foram construídas casas na parte baixa do terreno sendo que havia espaço na região onde é mais plano. Além da baixa qualidade do material utilizado faltou fiscalização desde a aprovação do projeto, o local onde loteamento foi edificado até a correta realização das obras de infraestrutura. Há que se iniciar a correção desde a parte alta, principalmente substituindo a tubulação, colocando tubos com diâmetro maior, bocas de lobo com ferro de maior espessura e argamassa com proporções adequadas. O conselho de defesa civil entende que é urgente solucionar o problema, pois a cada chuva as dificuldades se agravam. Pelo risco de inundação de lama nas casas e desmoronamento de terrenos, é imprescindível dispor, por parte da Prefeitura mais especificamente pela Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos, máquinas, mão de obra, tubos, areia, cimento, ferragens e demais materiais necessários para que os riscos sejam eliminados brevemente.
Vale lembrar que este loteamento apresenta problemas sociais ocasionados pela invasão de algumas pessoas antes da entrega das casas prontas, fato que já foi solucionado, porém, se o atual contexto ambiental não for regularizado, outras adversidades sociais devem ocorrer como processo de favelização.
O conselho de defesa civil do município deliberou por enviar documentos a Assessoria Jurídica solicitando parecer sobre toda a questão, uma vez que se entende de caráter emergencial a solução do inconveniente.
Áudio com o Tenente Ribas, membro do Conselho Municipal de Defesa Civil.