Ele será levado a júri 447 dias após ser preso - no dia 11 de janeiro de 2013
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Está marcado para o dia 3 de abril, no Tribunal do Júri, na Comarca de Francisco Beltrão, o julgamento do agricultor Gilmar Jesus Reolon, 49 anos, acusado de matar seis pessoas. Ele será levado a júri 447 dias após ser preso - no dia 11 de janeiro de 2013 - em um pequeno mato na comunidade de Linha Triton.
Seus atos serão julgados por um júri formado por sete pessoas da comunidade, que terão poder absoluto de decidir pela condenação ou absolvição. O júri será presidido pela juíza de Direito Juliane Velloso Stankevecz.
Na acusação atuará o promotor de justiça Roberto Tonon Júnior e na defesa o advogado Gilberto Richthcik.
Reolon é acusado de matar o pai Otávio Reolon (65), a esposa Gema (41), os filhos Gian Lucas (9) e Gissele (14), a sogra Petronília Casanova (84) e a adolescente Indiamara Pereira dos Santos (13).
Será realizado um único júri para analisar os três processos criminais (assassinato do pai, assassinato da família e assassinato da adolescente) a que ele responde.
A previsão é que seja um dos julgamentos mais demorados da Comarca, levando até dois dias. As portas do tribunal estarão abertas para a comunidade acompanhar. Recentemente, o médico psiquiatra Ivan Pinto Arantes, perito do Complexo Penal do Paraná (CMP), concluiu que Gilmar Reolon não possuía qualquer tipo de doença mental ou perturbação da saúde mental à época em que supostamente cometeu os crimes.
No laudo, o médico indica que Reolon não era portador de patologias mentais e, pelo contrário, ao tempo da ação criminosa, "era inteiramente capaz de entender o caráter criminoso do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento". Além disso, o psiquiatra deixa claro que Reolon entendia perfeitamente o caráter ilícito de seus crimes.
Gilmar se escondeu no mato, vivendo de forma primitiva, se alimentando de legumes e frutos tirados da roça e da carne de animais abatidos. Também sobre ele pesa a acusação da morte de pelo menos dez bovinos.